Estabelece normas e dispõe sobre as disciplinas e respectivos programas para o Concurso Vestibular de 2006 da Universidade de São Paulo e dá outras providências.
A Pró-Reitora de Graduação da Universidade de São Paulo, tendo em vista o disposto no art. 61 do Estatuto e considerando o deliberado pelo Conselho de Graduação, em Sessão realizada em 19.05.2005, baixa a seguinte
RESOLUÇÃO:
I – Disposições Gerais
Artigo 1º – O Concurso Vestibular de 2006 será feito por meio de provas que avaliem não só os conhecimentos comuns às diversas formas de educação do ensino médio, mas que também levem em conta a aptidão intelectual do candidato para o estudo superior.
Artigo 2º – O Concurso Vestibular destina-se aos que houverem concluído, ou estejam prestes a concluir, em 2005, curso de ensino médio ou equivalente, bem como aos portadores de diploma de curso superior oficial ou reconhecido, devidamente registrado.
Artigo 3º – Os candidatos habilitados à Universidade serão selecionados mediante processo classificatório, sendo aproveitadas, até seu limite, as vagas fixadas para os diferentes cursos, respeitado o número de chamadas previstas no Manual do Candidato da FUVEST. Conforme disposto no Regimento Geral e Estatuto da USP se, após a última chamada, restarem vagas não preenchidas pelos candidatos do Concurso Vestibular, essas serão destinadas aos processos de transferência e de ingresso de portadores de diploma de nível superior.
§ 1º – O Concurso Vestibular terá duas fases.
§ 2º – O Concurso Vestibular versará sobre as disciplinas de Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Português e Inglês, cujos programas estão registrados no Anexo II desta Resolução.
§ 3º – A relação das nove mil novecentas e cinqüenta e duas vagas, fixadas para os cursos de graduação da USP, é a que consta do Anexo III desta Resolução.
Artigo 4º – A realização do Concurso Vestibular da Universidade de São Paulo, para 2006, ficará a cargo da Fundação Universitária para o Vestibular – FUVEST.
Parágrafo único – À FUVEST caberá, com a antecedência necessária, a responsabilidade de tornar públicos: datas e locais de realização das provas; datas, locais e formas de divulgação de listas de convocados bem como todas as informações relacionadas ao Concurso Vestibular.
Artigo 5º – O Manual do Candidato será vendido em determinadas agências do Banespa no período de 08.08 a 14.09.2005. O pagamento da taxa de inscrição poderá ser feito em qualquer agência bancária. A taxa de inscrição proposta pela FUVEST, e aprovada pela Pró-Reitora de Graduação, será de R$ 97,00.
II – Inscrições
Artigo 6º – A inscrição ao Concurso Vestibular será feita num dos postos de inscrição da FUVEST, relacionados no Manual do Candidato 2006, nos dias 11 e 18.09.2005, mediante apresentação do original do documento de identidade oficial, pelo candidato, ou por apresentação de cópia autenticada do documento oficial por seu procurador, na ocasião, também devidamente identificado.
Parágrafo único – O candidato de nacionalidade estrangeira deverá apresentar o original do documento de identidade de estrangeiro, expedido por autoridade brasileira, que comprove sua condição de morador temporário ou permanente no país.
Artigo 7º – Os cursos oferecidos pela USP agrupam-se em carreiras, de acordo com as áreas de conhecimento, conforme registrado na Tabela de Carreiras e Provas, constante do Anexo I desta Resolução.
§ 1º – O candidato deve inscrever-se em uma única carreira.
§ 2º – O candidato não poderá mudar de carreira após a entrega da ficha de inscrição.
§ 3º – Os candidatos às carreiras de Música e de Artes Plásticas poderão inscrever-se simultaneamente em uma segunda opção de carreira (exceto nas próprias de Música e de Artes Plásticas). Assim, na hipótese de não serem habilitados para as mesmas, poderão, ainda, concorrer a uma segunda opção.
Artigo 8º – No ato da inscrição ao Concurso Vestibular, o candidato optará:
I) pela carreira que deseja;
II) dentro dessa carreira, obedecida a ordem de preferência, pelos cursos em que pretenda ingressar, até o máximo de quatro, naquelas carreiras onde houver mais de um curso.
Parágrafo único – É proibido ao candidato inscrever-se mais de uma vez ao Concurso Vestibular. Caso isso ocorra, todas as inscrições serão anuladas.
III – Provas
Artigo 9º – Os candidatos às carreiras de Música e de Artes Plásticas serão, antes da realização da primeira fase, submetidos a um conjunto de Provas Específicas, de caráter eliminatório, conforme o que se segue:
I) Às provas específicas de Música, será atribuído um valor máximo de 120 (cento e vinte) pontos que serão computados apenas para os que forem selecionados para a segunda fase; aqueles que não tiverem aproveitamento igual ou superior a 50% (cinqüenta por cento), nesse conjunto de provas, ficarão excluídos da referida carreira de Música.
II) Às provas específicas de Artes Plásticas, será atribuído um valor máximo de 80 (oitenta) pontos que serão computados apenas para os que forem selecionados para a segunda fase, sendo considerados aprovados aqueles candidatos com as maiores notas, na proporção de quatro candidatos por vaga oferecida.
Artigo 10 – Em todas as carreiras, a primeira fase será constituída por prova de Conhecimentos Gerais, sob a forma de testes de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas, sendo apenas uma correta, entendendo-se por Conhecimentos Gerais o conjunto de disciplinas que constituem o núcleo comum obrigatório do ensino médio, conforme mencionado no § 2º do Artigo 3º.
§ 1º – Na prova da primeira fase da FUVEST, os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos numa escala de 0 (zero) a 100 (cem).
§ 2º – Cada questão da primeira fase vale um (1) ponto, sendo, portanto, 100 (cem) pontos a nota máxima possível nessa prova.
§ 3º – Os candidatos ao Concurso Vestibular de 2006 da USP poderão solicitar, no ato da inscrição, o aproveitamento da nota de Conhecimentos Gerais, obtida no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, para a primeira fase da FUVEST, segundo os critérios:
I) Só poderá ser aproveitada a nota de um único exame do ENEM, realizado em 2004 ou 2005.
II) A nota a ser contabilizada na primeira fase da FUVEST será calculada como se segue: onde F é o número de pontos obtido na prova de primeira fase da FUVEST e E é o número de pontos obtido na prova do ENEM, normalizada, sem levar em conta a prova de Redação. A nota do ENEM será normalizada para a mesma escala de notas da FUVEST. Para efeito de classificação no Concurso Vestibular 2006, a nota calculada pela fórmula imediatamente anterior será aproximada ao décimo da unidade. Porém, apenas para efeito de convocação para a segunda fase, quando for o caso, as notas serão arredondadas para o número inteiro imediatamente superior.
III) Se o candidato não tiver realizado nenhum exame do ENEM em 2004 ou 2005, ou se o valor calculado pela primeira fórmula do item II, for inferior ao valor de F, referido no citado item II, será contabilizado, como nota de primeira fase, o valor de F.
Artigo 11 – A segunda fase será constituída por um conjunto de até 4 (quatro) provas de natureza analítico-expositiva, sendo uma, necessariamente, de Português e, eventualmente, outras, conforme indica a Tabela de Carreiras e Provas, constante do Anexo I desta Resolução.
§ 1º – A prova de Português incluirá a elaboração de uma Redação.
§ 2º – Na prova de Português, os candidatos poderão obter de 0 (zero) a 40 (quarenta) pontos ou, dependendo da carreira, de 0 (zero) a 80 (oitenta) pontos, sendo a nota arredondada, quando for o caso, ao décimo de ponto.
§ 3º – A Redação valerá a metade da prova de Português.
§ 4º – Nas demais provas a que se refere este artigo, os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 40 (quarenta), exceto para as carreiras de Arquitetura São Paulo e Design, nas quais os candidatos poderão obter um número inteiro de pontos de 0 (zero) a 20 (vinte).
Artigo 12 – As carreiras de Educação Física e de Esporte exigem, na segunda fase, provas de Aptidão Física, de caráter eliminatório, que inabilitam o candidato portador de distúrbios ou alterações de tal porte que possam interferir no processo de sua preparação acadêmica e profissional.
Artigo 13 – Ainda na segunda fase, serão realizadas provas de Habilidades Específicas, de caráter classificatório, para as carreiras de: Artes Cênicas (Bacharelado e Licenciatura), Curso Superior do Audiovisual, Esporte, Arquitetura e Design, que terão a seguinte pontuação:
I) 80 (oitenta) pontos nas carreiras de Artes Cênicas – Bacharelado e Licenciatura e Curso Superior do Audiovisual;
II) 40 (quarenta) pontos na carreira de Esporte – Bacharelado;
III) 80 (oitenta) pontos nas carreiras de Arquitetura – São Paulo e Design;
IV) 40 (quarenta) pontos na carreira de Arquitetura – São Carlos.
Artigo 14 – O número máximo de pontos a ser atingido no conjunto de provas da segunda fase será obtido somando-se, para cada carreira, os pontos indicados na Tabela que constitui o Anexo I desta Resolução.
IV – Classificação e matrícula
Artigo 15 – Em cada carreira, serão convocados para a segunda fase os candidatos melhor classificados, em número (“N”) a ser determinado, segundo o critério especificado a seguir:
I) Será designado por “V” o número de vagas disponíveis em cada carreira;
II) Será designado por “K” o parâmetro definido pela fórmula
K = 16/3 * Md/Ntmax + 1/3
onde Ntmax é o número de questões válidas na primeira fase e Md é a média das notas dos candidatos que já tenham concluído a segunda série do ensino médio até o ano anterior ao da inscrição e que tenham obtido um número de pontos não nulo no conjunto de provas da primeira fase da FUVEST;
III) Serão convocados para a segunda fase os “N” candidatos melhor classificados, dados por N = KV, segundo as seguintes limitações para “K”:
a) Se K < 1,4, então N = 1,4V;
b) Se 1,4 ≤ K ≤ 3, então N = KV;
c) Se K > 3, então N = 3V;
IV) No caso de “N” não ser número inteiro, ele será aproximado ao inteiro imediatamente superior.
§ 1º – Em nenhuma hipótese, serão convocados, para a segunda fase, candidatos que obtiverem, na primeira fase, um número de acertos inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do número total de questões na prova de primeira fase da FUVEST.
§ 2º – Ocorrendo empate, na última colocação correspondente a cada carreira, serão admitidos, para a segunda fase, todos os candidatos nessa condição.
Artigo 16 – A nota final, utilizada para a classificação, será obtida, multiplicando-se por 1000 (mil) o número total de pontos conseguido pelo candidato, no conjunto de provas, da primeira e da segunda fases, exigidas em sua carreira, e dividindo-se o resultado pelo número máximo de pontos possíveis nessas provas, arredondando-se, quando necessário, ao décimo de ponto.
§ 1º – A nota da primeira fase será convertida para uma escala de 0 a 160 pontos.
§ 2º – Será desclassificado o candidato que tiver obtido um número total de pontos igual a zero no conjunto das provas da segunda fase.
§ 3º – A falta em mais de 50% das provas exigidas na segunda fase, pela carreira em que o candidato estiver inscrito, será motivo de desclassificação.
Artigo 17 – A classificação dos candidatos será feita pela ordem decrescente das notas finais.
Parágrafo único – O desempate será feito, sucessivamente, por:
a) Número total de pontos obtido no conjunto das provas da segunda fase;
b) Número de pontos obtido na prova de Português da segunda fase ou, quando houver, na prova de Habilidades Específicas;
c) Soma do número de pontos obtido no conjunto das provas da segunda fase, excluindo-se, quando houver, as provas de Habilidades Específicas, com o número de pontos obtido na primeira fase nas mesmas disciplinas exigidas na segunda fase;
d) Critério de idade, dando-se preferência ao candidato de mais idade até que se completem as vagas.
Artigo 18 – Os resultados do Concurso Vestibular serão válidos, apenas, até a última chamada constante do Manual do Candidato.
Parágrafo único – Não será necessária a guarda da documentação dos candidatos por prazo superior a 1 (um) ano após a realização do Concurso Vestibular.
Artigo 19 – A matrícula dos candidatos classificados para admissão aos Cursos de Graduação da USP dependerá, necessariamente, da apresentação de:
I) certificado de conclusão de curso de ensino médio ou equivalente e respectivo histórico escolar ou diploma de curso superior devidamente registrado (uma cópia);
II) documento de identidade oficial (uma cópia);
III) uma foto 3X4, datada, com menos de um ano.
§ 1º – A entrega dos documentos mencionados nas alíneas I e II deste artigo deverá ser acompanhada da apresentação do respectivo original.
§ 2º – Após cada chamada, o candidato que não comparecer ao local de matrícula, ou que não se fizer representar por seu procurador nas datas e horários previstos, ficará definitivamente excluído do Concurso Vestibular, sendo ineficazes todos os atos praticados até o momento.
§ 3º – A efetivação da matrícula dos candidatos convocados em 1ª, 2ª e 3ª chamadas estará sujeita à confirmação da mesma que deverá ser feita pessoalmente pelo ingressante ou por procuração, junto ao Serviço de Graduação de sua Unidade, em período a ser estabelecido no Calendário Escolar de 2006; a não manifestação do interessado implicará o cancelamento automático de sua vaga na USP.
§ 4º – O candidato de nacionalidade estrangeira deverá apresentar o documento de identidade de estrangeiro que comprove sua condição temporária ou permanente no país.
§ 5º – O candidato que tenha realizado estudos equivalentes ao ensino médio, no todo ou em parte, no exterior, deverá apresentar reconhecimento de equivalência de estudos, promovido pela Secretaria de Educação.
§ 6º – Os documentos escolares apresentados em língua estrangeira deverão estar visados pela autoridade consular brasileira, do país de origem, e acompanhados da respectiva tradução oficial.
Artigo 20 – Para os cursos da USP, sábado é considerado dia letivo.
Artigo 21 – O desrespeito às normas que regem o Concurso Vestibular, bem como a desobediência às exigências registradas no Manual do Candidato, além de sanções legais cabíveis, implica a desclassificação do candidato.
Artigo 22 – O candidato que, dentro do prazo destinado à matrícula, não cumprir as exigências do artigo 19, não poderá matricular-se na USP, ficando sem efeito as notas ou a classificação que lhe tiverem sido atribuídas nas provas do Concurso Vestibular.
Artigo 23 – Será expressamente vedada, em qualquer hipótese, a permuta de vagas ou períodos entre candidatos classificados no Concurso Vestibular, ainda que se trate de cursos Diurno e Noturno da mesma Unidade Universitária.
Artigo 24 – É vedado o ingresso, em cursos de graduação da USP, aos alunos matriculados em cursos de graduação de outra instituição pública de ensino superior, cancelando-se automaticamente a matrícula na USP, se for constatada tal ocorrência.
Artigo 25 – O aluno já matriculado em curso de Graduação da USP e que, em virtude de aprovação no Concurso Vestibular a que se refere esta Resolução, efetuar matrícula em novo curso desta mesma Universidade, será automaticamente desligado do anterior, sendo vedada a realização simultânea de ambos.
§ 1º – Se o aluno já estiver realizando mais de um curso na USP, a matrícula no novo curso implica o desligamento automático dos demais.
§ 2º – Não será permitida a matrícula do aluno que, pertencendo ao corpo discente da USP em 2006, ingressar no mesmo curso que já vinha realizando na mesma Unidade, no mesmo período.
Artigo 26 – Os casos omissos serão decididos pelo Conselho de Graduação.
Artigo 27 – Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário (Processo 2005.1.3843.1.3).
Reitoria da Universidade de São Paulo, aos 15 de junho de 2005.
Oscar Brito Augusto
Pró-Reitor de Graduação Substituto
Nina Beatriz Stocco Ranieri
Secretária Geral
TABELA DE CARREIRAS E PROVAS
Legenda: P – Português; M – Matemática; F – Física; Q – Química; B – Biologia;
H – História; G – Geografia; HE – Habilidade Específica.
ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA |
|
CARREIRAS |
PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS |
1) Engenharia na Escola Politécnica, Computação e Matemática Computação – São Paulo; Engenharias – São Paulo; Matemática – (Bacharelados) – Matemática Aplicada e Matemática Aplicada e Computacional – São Paulo |
P(40), M(40), F(40), Q(40) |
2) Matemática e Física – São Paulo (Licenciatura) | P(40), M(40), F(40) |
3) Matemática (Bacharelado e Licenciatura), Matemática Aplicada e Computação Científica – São Carlos |
P(40), M(40), F(40) |
4) Ciências Exatas – São Carlos (Licenciatura) | P(40), M(40) |
5) Computação – São Carlos | P(40), M(40), F(40) |
6) Informática – São Carlos | P(40), M(40), F(40) |
7) Informática Biomédica – Ribeirão Preto | P(40), M(40), F(40), B(40) |
8) Engenharia Civil – São Carlos | P(40), M(40), F(40) |
9) Engenharias – São Carlos (Elétrica – Ênfase em Eletrônica, Elétrica – Ênfase Sistemas de Energia e Automação, Mecânica, Produção Mecânica, Mecatrônica, Computação) |
P(40), M(40), F(40) |
10) Engenharia Ambiental – São Carlos | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
11) Engenharia Aeronáutica – São Carlos | P(40), M(40), F(40) |
12) Física – São Paulo e São Carlos (Bacharelado), Meteorologia e Geofísica, Matemática – (Bacharelados), Estatística e Matemática – São Paulo, Física Computacional (Bach.) – São Carlos |
P(40), M(40), F(40) |
13) Física Médica – Ribeirão Preto | P(40), M(40), F(40) |
14) Geologia | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
15) Lic. em Geociências e Educação Ambiental | P(40), F(40), Q(40), G(40) |
16) Química (Bacharelado e Licenciatura) – São Paulo | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
17) Licenciatura em Química – São Paulo | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
18) Bacharelado em Química Ambiental – São Paulo | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
19) Química (Bacharelado e Bacharelado com Atribuições Tecnológicas com ênfases em Alimentos, Ambiental, Gestão de Qualidade e Materiais) – São Carlos |
P(40), Q(40) |
20) Química – Bacharelado – Ribeirão Preto |
P(80), Q(40) |
21) Química (Licenciatura) – Ribeirão Preto | P(80), Q(40) |
22) Engenharia de Alimentos – Pirassununga | P(40), M(40), F(40), Q(40) |
23) Oceanografia – São Paulo | P(40), M(40), B(40), Q(40) |
24) Matemática Aplicada – Ribeirão Preto | P(40), M(80), G(40) |
25) Ciências Biomoleculares – São Carlos | P(40), M(40), F(40), B(40) |
26) Ciências da Natureza – USP Leste – SP | P(40), M(40) |
27) Sistemas de Informação – USP Leste – SP | P(40), M(40) |
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS |
|
CARREIRAS |
PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS |
1) Ciências Biológicas – São Paulo | P(40), Q(40), B(40) |
2) Ciências Biológicas – Ribeirão Preto | P(40), Q(40), B(40) |
3) Ciências Biológicas – Piracicaba | P(40), Q(40), B(40) |
4) Medicina (São Paulo) e Ciências Médicas (Ribeirão Preto) | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
5) Educação Física – Bacharelado | P(40), F(40), B(40), H(40) |
6) Esporte – Bacharelado | P(40), B(40), Q(40), A, HE(40) |
7) Enfermagem – São Paulo | P(40), B(40), Q(40) |
8) Enfermagem – Ribeirão Preto | P(40), B(40), Q(40) |
9) Licenciado em Enfermagem – Ribeirão Preto | P(40), B(40), H(40) |
10) Engenharia Agronômica | P(40), M(40), Q(40), B(40) |
11) Engenharia Florestal | P(40), M(40), Q(40), B(40) |
12) Ciências dos Alimentos | P(40), B(40), Q(40) |
13) Farmácia-Bioquímica – São Paulo | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
14) Farmácia-Bioquímica – Ribeirão Preto | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
15) Fisioterapia – São Paulo e Ribeirão Preto | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
16) Fonoaudiologia – São Paulo | P(80), F(40), B(40) |
17) Fonoaudiologia – Bauru | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
18) Fonoaudiologia – Ribeirão Preto | P(80), F(40), B(40) |
19) Medicina Veterinária | P(40,) F(40), Q(40), B(40) |
20) Nutrição | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
21) Nutrição e Metabolismo – Ribeirão Preto | P(40), F(40), B(40), Q(40) |
22) Odontologia – São Paulo | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
23) Odontologia – Ribeirão Preto | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
24) Odontologia – Bauru | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
25) Psicologia – São Paulo | P(40), M(40), B(40), H(40) |
26) Psicologia – Ribeirão Preto | P(80), B(40), H(40) |
27) Terapia Ocupacional – São Paulo e Ribeirão Preto | P(40), B(40), H(40) |
28) Zootecnia – Pirassununga | P(40), M(40), Q(40), B(40) |
29) Gerontologia – USP Leste – SP | P(40), M(40), B(40), H(40) |
30) Obstetrícia – USP Leste – SP | P(40), M(40), B(40), H(40) |
31) Ciências da Atividade Física – USP Leste – SP | P(40), F(40), B(40), H(40) |
ÁREA DE HUMANIDADES |
|
CARREIRAS |
PROVAS DA 2ª FASE E RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS |
1) Artes Cênicas (Bacharelado) | P(40), H(40), HE(80) |
2) Artes Cênicas (Licenciatura) | P(40), H(40), HE(80) |
3) Artes Plásticas | P(40), H(40), HE(80) |
4) Atuária | P(40), M(40), H(40), G(40) |
5) Música – São Paulo e Ribeirão Preto | P(40), HE(120) |
6) Audiovisual | P(40), H(40), HE(80) |
7) Editoração | P(40), H(40) |
8) Jornalismo | P(40), H(40), G(40) |
9) Publicidade e Propaganda | P(40), H(40) |
10) Relações Públicas | P(40), H(40) |
11) Biblioteconomia | P(40), H(40) |
12) Turismo | P(40), H(40), G(40) |
13) Arquitetura – São Paulo | P(40), F(20), H(20), HE (80) |
14) Arquitetura – São Carlos | P(80), H(40), HE(40) |
15) Administração – São Paulo | P(40), M(40), H(40), G(40) |
16) Administração – Ribeirão Preto | P(40), M(40), H(40), G(40) |
17) Ciências Contábeis – São Paulo | P(40), M(40), H(40), G(40) |
18) Ciências Contábeis – Ribeirão Preto | P(40), M(40), H(40), G(40) |
19) Design | P(40), F(20), H(20), HE(80) |
20) Economia – São Paulo | P(40), M(40), H(40), G(40) |
21) Economia – Ribeirão Preto | P(40), M(40), H(40), G(40) |
22) Economia Empresarial e Controladora – Rib. Preto | P(40), M(40), F(40), H(40) |
23) Ciências Econômicas – Piracicaba | P(40), M(40), H(40), G(40) |
24) Gestão Ambiental – Piracicaba | P(40), B(40), H(40) |
25) Direito | P(80), H(40), G(40) |
26) Relações Internacionais (Bacharelado) | P(80), H(40), G(40) |
27) Ciências da Informação e da Documentação (Bacharelado) – Ribeirão Preto |
P(80), H(40), G(40) |
28) Ciências Sociais | P(40), H(40), G(40) |
29) Filosofia | P(80), H(40), G(40) |
30) Geografia | P(40), H(40), G(40) |
31) História | P(40), H(40), G(40) |
32) Letras – Básico | P(80), H(40), G(40) |
33) Pedagogia – São Paulo | P(80), H(40) |
34) Pedagogia – Ribeirão Preto | P(80), H(40), G(40) |
35) Gestão Ambiental – USP Leste – SP | P(40), F(40), Q(40), B(40) |
36) Gestão de Políticas Públicas – USP Leste – SP | P(40), M(40), H(40), G(40) |
37) Lazer e Turismo – USP Leste – SP | P(40), M(40), H(40), G(40) |
38) Marketing – USP Leste – SP |
P(40), M(40), H(40), G(40) |
39) Arte e Tecnologia – USP Leste – SP |
P(40), H(40), F(40) |
PROGRAMAS
Os programas propostos para os exames Vestibulares da FUVEST, cuja última revisão oficial se deu em 2001, procuram atender às proposições presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.294/96), bem como incorporar as orientações gerais das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM), constantes do Parecer nº 15/98 da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE), e do Parecer CEB nº 3, de 26.06.98.
Ainda que se continue com exames por disciplinas, observa-se, em todos os programas, a preocupação com a intertextualidade e contextualização de seus temas, sendo que um dos objetivos principais desses programas é o de avaliar as competências e habilidades de alunos egressos do Ensino Médio.
Pretende-se, pois, que o candidato demonstre, entre outras, a capacidade de construir “pontes entre a teoria e a prática”, que seja capaz de perceber organicamente os conteúdos das disciplinas com que atua; que demonstre condições de trabalho com conhecimentos diversos, mobilizando muito menos a memória e muito mais o raciocínio; que evidencie condições de exercer sua capacidade crítica, e que realize a interrelação entre os conteúdos trabalhados.
BIOLOGIA
O candidato deve ter conhecimentos fundamentais em Biologia que possibilitem compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico; deve reconhecer que tais sistemas se perpetuam por meio da reprodução e se modificam no tempo em função de fatores evolutivos, originando a diversidade de organismos e as intrincadas relações de dependência entre eles.
Espera-se que o candidato conheça os fundamentos básicos da investigação científica, reconheça a ciência como uma atividade humana em constante transformação, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, compreenda e interprete impactos do desenvolvimento científico e tecnológico na sociedade e no ambiente.
O exame de Biologia avaliará a formação do candidato considerando o acima exposto e os conhecimentos específicos contidos no programa a seguir, sem valorizar a extensa memorização da terminologia biológica, nem detalhes dos processos bioquímicos.
PROGRAMA
I. BIOLOGIA CELULAR
I.1. Estrutura e fisiologia da célula
O candidato deve: (a) reconhecer a célula como unidade da vida, como um sistema organizado em que ocorrem as reações químicas vitais, catalisadas por enzimas; (b) reconhecer que esse sistema está em constante interação com o ambiente, realizando trocas controladas pela membrana celular, transformando materiais e incorporando-os como seus principais constituintes (proteínas, glicídios, lipídios, ácidos nucléicos, vitaminas e água); (c) distinguir os dois tipos fundamentais de célula (procariótica e eucariótica), reconhecendo a existência de organelas celulares com funções específicas; (d) reconhecer a existência de processos de manutenção/reprodução da célula, compreendendo como o material genético controla o funcionamento celular; (e) reconhecer a mitose como um processo fundamental para a correta distribuição do material genético para as células-filhas e a importância do citoesqueleto e da organização cromossômica nesse processo.
Tópicos
-
Estrutura e função das principais substâncias orgânicas e inorgânicas que compõem as células vivas: proteínas, glicídios, lipídios, ácidos nucléicos, vitaminas, água e nutrientes minerais essenciais.
-
Organização básica de células procarióticas e eucarióticas.
-
Fisiologia celular: transporte através da membrana plasmática e endocitose; funções das organelas celulares; citoesqueleto e movimento celular; núcleo e seu papel no controle das atividades celulares.
-
Ciclo de vida das células: interfase e mitose.
-
A hipótese da origem endossimbiótica de mitocôndrias e plastos.
II. A CONTINUIDADE DA VIDA NA TERRA
II.1. Hereditariedade e natureza do material hereditário
O candidato deve: (a) compreender as relações entre DNA, gene e cromossomo, reconhecendo que genes são segmentos discretos de moléculas de DNA com informações genéticas codificadas em sua seqüência de bases nitrogenadas; (b) relacionar a segregação e a segregação independente com os eventos cromossômicos que ocorrem na meiose; (c) compreender como as informações genéticas codificadas no DNA fornecem instruções para a fabricação de proteínas e como estas, ao definirem a estrutura e o funcionamento das células, determinam as características dos organismos; (d)
conhecer o princípio básico de duplicação do DNA e que este pode estar sujeito a erros – mutações – que originam novas versões (alelos) do gene afetado; (e) compreender que mutações ocorridas em células germinativas podem ser passadas para as gerações futuras; (f) conhecer o emprego tecnológico da transferência de genes, reconhecendo que a manipulação laboratorial do DNA
permite a identificação de indivíduos, o estabelecimento de relações de parentesco entre eles e a transferência de genes entre organismos de espécies diversas, originando os chamados transgênicos; (g) saber avaliar as vantagens e desvantagens dos avanços das técnicas de clonagem, de manipulação do DNA e dos “Projetos Genoma”, considerando valores éticos, morais, religiosos, ecológicos e econômicos.
Tópicos
-
As bases moleculares da hereditariedade: estrutura do DNA; código genético e síntese de proteínas; mutação gênica e a origem de novos alelos.
-
Fundamentos da Genética Clássica: conceito de gene e de alelo; as leis da segregação e da segregação independente; relação entre genes e cromossomos; meiose e sua relação com a segregação e com a segregação independente; conceito de genes ligados; padrão de herança de genes ligados ao cromossomo sexual.
-
Manipulação genética e clonagem: aspectos éticos, ecológicos e econômicos.
II.2. Processos de evolução orgânica
O candidato deve: (a) reconhecer a evolução como teoria unificadora dos conhecimentos biológicos, compreendendo a mutação como a fonte primária de variabilidade genética e a seleção natural como principal força direcionadora da evolução; (b) compreender a evolução como um processo relativo à população e não a indivíduos, compreendendo o papel do isolamento reprodutivo na especiação; (c) conhecer os eventos marcantes da história da vida na Terra em sua dimensão espaço-temporal: origem da vida, evolução dos processos de obtenção de energia, surgimento da condição eucariótica e da multicelularidade, diversificação dos seres vivos no ambiente aquático e conquista do ambiente de terra firme, reconhecendo os fósseis como evidência da evolução; (d) reconhecer a espécie humana como resultado do processo evolutivo.
Tópicos
-
Idéias fixista, lamarkista e darwinista como tentativas científicas para explicar a diversidade de seres vivos, influenciadas por fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.
-
Teoria sintética da evolução: mutação e recombinação como fontes de variabilidade genética; seleção natural.
-
Isolamento reprodutivo e formação de novas espécies.
-
Grandes linhas da evolução: conceito de tempo geológico; documentário fóssil; origem da vida; origem e evolução dos grandes grupos de seres vivos; origem e evolução da espécie humana.
III. A DIVERSIDADE DA VIDA NA TERRA
III.1. Vírus, bactérias, protistas e fungos
O candidato deve: (a) reconhecer os vírus como parasitas intracelulares dependentes do metabolismo da célula hospedeira para se reproduzir; (b) compreender a etiologia, os modos de transmissão e a importância da prevenção de doenças causadas por vírus (gripe, poliomielite, sarampo, varíola, febre amarela, dengue); (c) conhecer a importância econômica e ecológica das bactérias; (d) conhecer os modos de transmissão e prevenção de doenças causadas por bactérias e os princípios de tratamentos por antibióticos; (e) caracterizar algas como organismos autotróficos fotossintetizantes e compreender sua importância ecológica; (f) conhecer os ciclos de vida dos protozoários parasitas do ser humano para propor medidas profiláticas adequadas; (g) conhecer o papel ecológico desempenhado pelos fungos e sua importância econômica na alimentação e na indústria.
Tópicos
-
Características gerais e aspectos básicos da reprodução dos vírus, bactérias, protistas e fungos.
-
Importância ecológica e econômica desses organismos.
-
Prevenção das principais doenças humanas causadas por esses seres.
III.2. Plantas
O candidato deve: (a) conhecer as adaptações morfológicas e os ciclos de vida dos principais grupos de plantas, sem se deter na memorização dos detalhes de cada um, e relacionar a evolução dos processos reprodutivos com a adaptação das plantas ao ambiente terrestre; (b) conhecer a organização básica do corpo de uma angiosperma, considerando a morfologia externa da raiz, do caule e da folha, sem detalhes histológicos da morfologia interna, compreendendo o significado evolutivo do surgimento da flor, do fruto e da semente; (c) conhecer os aspectos fundamentais do desenvolvimento das angiospermas e compreender como elas obtêm água e sais minerais, realizam fotossíntese, transportam e armazenam nutrientes, relacionando os principais fatores ambientais e hormonais que interferem nesses processos.
Tópicos
-
Características gerais de briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
-
Evolução das plantas e adaptações morfológicas e reprodutivas ao ambiente terrestre.
-
Angiospermas: organização morfológica básica, crescimento e desenvolvimento; nutrição e transporte; reprodução.
III.3. Animais
O candidato deve: (a) reconhecer que todos os animais estão sujeitos aos mesmos problemas para sua sobrevivência, tais como, recepção de estímulos do meio, integração e resposta, obtenção, transformação e distribuição de alimento, trocas gasosas, equilíbrio de água e sais em seus corpos, remoção de produtos finais do metabolismo de proteínas e perpetuação da espécie; (b) conhecer os ciclos de vida dos principais animais parasitas do ser humano de modo a compreender as medidas profiláticas para se evitarem essas parasitoses.
Tópicos
-
Comparação dos principais grupos de animais (poríferos, cnidários, platelmintes, nemátodas, moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) quanto à alimentação, locomoção, respiração, circulação, excreção, osmorregulação e reprodução, relacionando essas características aos respectivos hábitats.
-
Ciclos de vida dos principais animais parasitas do ser humano e medidas profiláticas.
III.4. A espécie humana
O candidato deve: (a) reconhecer o organismo humano como um sistema organizado e integrado ao ambiente, sujeito aos mesmos problemas básicos de sobrevivência que os outros animais; (b) compreender os princípios básicos que regem a digestão, a absorção e o transporte de nutrientes, a função cardíaca e a circulação do sangue e da linfa, as funções do sangue e da linfa, a imunidade, a função renal e a regulação de água e sais, a ventilação pulmonar, as trocas gasosas e o transporte de gases, a interação músculo-esqueleto na estruturação do corpo e na realização de movimentos, e o mecanismo da contração muscular; (c) compreender os sistemas nervoso, sensorial e hormonal como os responsáveis pelo controle das funções vitais: organização funcional do sistema nervoso, impulso nervoso e transmissão sináptica, receptores sensoriais (audição, visão, olfação, gustação) e receptores mecânicos, principais glândulas endócrinas, seus hormônios e suas funções; (d) conhecer os sistemas genitais masculino e feminino, compreender o controle hormonal dos eventos ovarianos e uterinos no ciclo menstrual, os modos de ação e as vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos, assim como as principais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), os modos de transmissão e a importância da prevenção; (e) compreender a saúde humana como bem estar físico, social e psicológico, reconhecendo a importância de procedimentos individuais, coletivos e institucionais na preservação da saúde individual e coletiva.
Tópicos
-
Estrutura básica e fisiologia dos sistemas: tegumentar, muscular, esquelético, respiratório, digestório, cardiovascular, imunitário, urinário, endócrino, nervoso, sensorial e genital.
-
Nutrição: requisitos nutricionais fundamentais e desnutrição.
-
Reprodução: gametogênese, concepção, contracepção, gravidez e parto; regulação neuro-endócrina da reprodução; doenças sexualmente transmissíveis.
-
Saúde: conceito e indicadores (expectativa de vida e índice de mortalidade infantil); determinantes sociais do processo saúde-doença; endemias e epidemias (aspectos conceituais); a importância do controle ambiental, do saneamento básico, da vigilância sanitária e epidemiológica e dos serviços de assistência à saúde; consumo de drogas e saúde.
IV. OS SERES VIVOS E O AMBIENTE
IV.1. Populações, comunidades e ecossistemas
O candidato deve: (a) compreender a complexa inter-relação dos organismos nas cadeias e teias alimentares, reconhecendo a importância da fotossíntese na manutenção da vida na Terra; (b) compreender a dimensão espaço-temporal do estabelecimento dos ecossistemas e as relações entre as diferentes espécies de uma comunidade; (c) reconhecer os grandes biomas terrestres: tundra, taiga, campos e desertos e os principais ecossistemas brasileiros: florestas, cerrados, caatingas, campos, manguezais e complexo pantaneiro.
Tópicos
-
O fluxo de energia e os ciclos da matéria nos ecossistemas.
-
Dinâmica das populações e das comunidades biológicas: crescimento, interações, equilíbrio e sucessão.
-
Características gerais dos principais biomas terrestres e dos ecossistemas brasileiros.
IV. 2. Ecologia humana
O candidato deve: (a) analisar o crescimento populacional humano e avaliar as perspectivas futuras, considerando a produção de alimentos, uso do solo, a disponibilidade de água potável, o problema do esgoto, do lixo e da poluição; (b) reconhecer a necessidade de manejo adequado dos recursos naturais.
Tópicos
-
O crescimento da população humana e a utilização dos recursos naturais, sob aspectos históricos e perspectivas.
-
Alterações provocadas nos ecossistemas pela atividade humana: erosão e desmatamento; poluição do ar, da água e do solo; perda de hábitats e extinção de espécies biológicas.
-
O problema do lixo, armazenamento e reciclagem; o problema do esgoto e o tratamento da água.
FÍSICA
As questões de Física terão como objetivo avaliar a compreensão física do mundo natural e tecnológico, desenvolvida pelo candidato, com especial ênfase aos temas e aspectos de maior significado para sua participação e atuação no mundo contemporâneo.
Espera-se que ele demonstre domínio de conhecimento e capacidade de reflexão investigativa, em situações que tenham dimensão tanto prática, quanto conceitual ou sócio-cultural. Dessa forma, seu conhecimento físico não deverá reduzir-se à memorização ou ao uso automatizado de fórmulas, mas deverá incluir a compreensão das relações nelas expressas, enfatizando-se a visão de mundo que os conceitos, leis e princípios físicos proporcionam. Seu conhecimento físico deve ser entendido como um instrumento para a compreensão do mundo que o rodeia.
Na primeira fase, o objetivo é avaliar um conhecimento físico com maior ênfase em seus aspectos prático e qualitativo, que se deve esperar de qualquer cidadão universitário, independente de sua futura área de formação.
Na segunda fase, deverá ser avaliada ainda uma competência investigativa mais aprofundada, além de um maior domínio do instrumental físico e de abordagens quantitativas.
A compreensão dos temas específicos de Física deverá ser avaliada num contexto em que estejam incluídos:
I. Reconhecimento de grandezas significativas para a interpretação de fenômenos físicos presentes em situações cotidianas, experimentos simples, fenômenos naturais ou processos tecnológicos. Significado das grandezas físicas, além dos procedimentos, unidades e instrumentos de medida correspondentes. Noção de ordem de grandeza, relações de proporcionalidade e escala.
II. Compreensão dos princípios gerais e leis da Física, seus âmbitos e limites de aplicabilidade. Utilização de modelos adequados (macroscópicos ou microscópicos) para a interpretação de fenômenos e previsão de comportamentos. Utilização de abordagens com ênfase fenomenológica, especialmente em temas mais complexos.
III. Domínio da linguagem física, envolvendo representação gráfica, formulação matemática e/ou linguagem verbal-conceitual para expressar ou interpretar relações entre grandezas e resultados de experiências.
IV. Reconhecimento da construção da Física, enquanto um processo histórico. Contribuição da construção da Física para o desenvolvimento tecnológico e sua dimensão sócio-cultural.
PROGRAMA
Mecânica
1. Movimento, Forças e Equilíbrio
1. Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).
2. Forças modificando movimentos: variação da quantidade de movimento, impulso de uma força, relação entre força e aceleração.
3. Inércia e sua relação com sistemas de referência.
4. Conservação da quantidade de movimento (escalar e vetorial). Forças de ação e reação.
5. Força peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta.
6. Composição de forças, momento de força e máquinas simples.
7. Condições de equilíbrio, centro de massa.
8. Descrição de movimentos: movimento linear uniforme e uniformemente variado; movimento bidimensional (composição de movimentos); movimento circular uniforme.
2. Energia Mecânica e sua Conservação
1. Trabalho de uma força. Potência.
2. Energia cinética. Trabalho e variação de energia cinética.
3. Sistemas conservativos: energia potencial, conservação de energia mecânica.
4. Sistemas dissipativos: conservação da energia total.
3. O Sistema Solar e o Universo
1. O Sistema Solar: evolução histórica de seus modelos.
2. Lei da Gravitação Universal.
3. Movimento dos corpos celestes, satélites e naves no espaço.
4. Campo gravitacional. Significado de g.
5. O surgimento do Universo e sua evolução.
4. Fluidos
1. Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos.
2. Pressão em gases. Pressão atmosférica.
3. Empuxo e condições de equilíbrio em fluidos.
4. Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.
Termodinâmica
5. Propriedades e Processos Térmicos
1. Calor, temperatura e equilíbrio térmico.
2. Propriedades térmicas dos materiais: calor específico (sensível), dilatação térmica, condutividade térmica, calor latente (mudanças de fase).
3. Processos de transferência de calor.
4. Propriedades dos Gases Ideais.
5. Interpretação cinética da temperatura e escala absoluta de temperatura.
6. Calor e Trabalho
1. Conservação da energia: equivalente mecânico do calor, energia interna.
2. Máquinas térmicas e seu rendimento.
3. Irreversibilidade e limitações em processos de conversão calor/trabalho.
Ondas, Som e Luz
7. Fenômenos Ondulatórios
1. Ondas e suas características.
2. Ondas mecânicas: propagação, superposição e outras características.
3. Som: propagação e outras características.
4. Luz: propagação, trajetória e outras características.
5. Reflexão, refração, difração e interferência de ondas.
6. Luz: natureza eletromagnética, cor, dispersão.
8. Instrumentos Óticos
1. Imagens obtidas por lentes e espelhos: reflexão e refração.
2. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e lentes corretivas).
Eletromagnetismo
9. Cargas e Campos Eletrostáticos
1. Carga elétrica: quantização e conservação.
2. Campo e potencial elétrico.
3. Interação entre cargas: força e energia potencial elétrica.
4. Eletrização; indução eletrostática.
10. Corrente Elétrica
1. Corrente Elétrica: abordagem macroscópica e modelo microscópico.
2. Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade; condutores e isolantes.
3. Relação entre corrente e diferença de potencial (materiais ôhmicos e não ôhmicos). Circuitos simples.
4. Dissipação de energia em resistores. Potência elétrica.
11. Eletromagnetismo
1. Campos magnéticos e ímãs. Campo magnético terrestre.
2. Correntes gerando campos magnéticos (fios e bobinas).
3. Ação de campos magnéticos: força sobre cargas e correntes.
4. Modelo microscópico para ímãs e propriedades magnéticas dos materiais.
5. Indução eletromagnética. Princípio de funcionamento de eletroímãs, transformadores e motores. Noção de corrente alternada.
6. Fontes de energia elétrica: pilhas, baterias, geradores.
12. Ondas Eletromagnéticas
1. Ondas eletromagnéticas: fontes, características e usos das diversas faixas do espectro eletromagnético.
2. Modelo qualitativo para transmissão e recepção de ondas eletromagnéticas.
3. Descrição qualitativa do funcionamento de comunicadores (rádios, televisores, telefones).
Interações, Matéria e Energia
13. Interações, Matéria e Energia
1. Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de intensidades e alcances.
2. Estrutura da matéria. Modelo atômico: sua utilização na explicação da interação da luz com diferentes meios. Conceito de fóton. Fontes de luz.
3. Estrutura nuclear: constituição dos núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade, fissão e fusão. Energia nuclear.
4. Riscos, benefícios e procedimentos adequados para o uso de radiações.
5. Fontes de energia, seus usos sociais e eventuais impactos ambientais.
HISTÓRIA
Este programa está constituído por um conjunto de temas que tratam da História do Brasil, da América e Geral, esta última centrada no Mediterrâneo e na Europa. Do candidato, espera-se que, com base no conhecimento desses conteúdos, saiba
a) operar com os conceitos básicos do saber histórico: com a relação passado-presente e as várias modalidades do tempo-histórico;
b) identificar, distinguir e relacionar fenômenos históricos;
c) que o passado pode ser conhecido através das mais variadas fontes, que vão muito além dos documentos oficiais;
d) que o uso, compreensão e valorização dessas fontes dependem das interpretações dos historiadores e estas, por sua vez, do contexto em que eles vive(ra)m.
PROGRAMA
I – História do Brasil
1. A Pré-história e as origens do homem americano.
2. Populações indígenas do Brasil: experiências antes da conquista, resistências e acomodações à colonização.
3. O sistema colonial: organização política e administrativa.
4. A economia colonial: extrativismo, agricultura, pecuária, mineração e comércio.
5. A interiorização e a formação das fronteiras.
6. Escravos e homens livres na Colônia.
7. Religião, cultura e educação na Colônia.
8. Os negros no Brasil: culturas e confrontos.
9. Rebeliões e tentativas de emancipação.
10. O período joanino e a Independência.
11. Primeiro Reinado e Regência: organização do Estado e lutas políticas.
12. Segundo Reinado: economia, política e manifestações culturais.
13. Escravidão, indígenas e homens livres no século XIX.
14. Imigração e abolição.
15. A crise do Império e o advento da República.
16. Confrontos e aproximações entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (séculos XIX e XX).
17. Movimentos sociais no campo e nas cidades no período republicano.
18. Política e Cultura no Brasil República.
19. As transformações da condição feminina depois da 2ª Guerra Mundial.
20. O sistema político atual.
II – História da América
1. Culturas indígenas: maias, astecas e incas.
2. A conquista da América espanhola: dominação e resistência.
3. As colonizações espanhola e inglesa: aproximações e diferenças.
4. Formas de trabalho compulsório nas Américas no período colonial.
5. Idéias e movimentos pela independência política nas Américas.
6. A formação dos Estados nacionais (América Latina e Estados Unidos).
7. EUA: expansão para o Oeste e Guerra de Secessão.
8. Modernização, urbanização e industrialização na América Latina no século XX.
9. Revoluções na América Latina (México e Cuba).
10. Crise de 1929, New Deal e a hegemonia dos EUA no pós-guerra.
11. Estado e reforma política: Lázaro Cárdenas e Juan Domingo Perón.
12. Militarismo, democracia e ditadura na América Latina no século XX.
13. Manifestações culturais na América no século XX.
14. Questões políticas da atualidade.
III – História Antiga
1. Culturas e Estados no Antigo Oriente Próximo.
2. O mundo grego.
3. O mundo romano.
IV – História Medieval
1. O cristianismo, a Igreja Católica e os reinos bárbaros.
2. Os mundos do Islão e de Bizâncio.
3. Economia, sociedade e política no feudalismo.
4. O desenvolvimento do comércio, o crescimento urbano e a vida cultural.
5. A crise do século XIV.
V- História Moderna
1. O Renascimento.
2. As reformas religiosas e a Inquisição.
3. O Estado moderno e o Absolutismo monárquico.
4. Antigo Regime e Ilustração.
5. As Revoluções inglesas do século XVII e a Revolução francesa de 1789.
6. Revolução industrial e capitalismo.
VI – História Contemporânea
1. A Europa em guerra e em equilíbrio (1789 – 1830): Napoleão, Congresso de Viena e Restauração.
2. A Europa em transformação (1830 – 1871): as revoluções liberais, nacionalistas e socialistas.
3. A Europa em competição (1871 – 1914): imperialismo, neo-colonialismo e belle époque.
4. O capitalismo nos séculos XIX e XX.
5. Classes e interesses sociais em conflito nos séculos XIX e XX.
6. Arte e cultura nos séculos XIX e XX: do eurocentrismo ao multiculturalismo.
7. As duas grandes guerras mundiais (1914 – 1945).
8. As revoluções socialistas: Rússia e China.
9. As décadas de 20 e 30: crises, conflitos e experiências totalitárias.
10. Bipolarização do mundo e Guerra Fria.
11. Descolonização e principais movimentos de libertação nacional na Ásia e África.
12. Os conflitos no mundo árabe e a criação do Estado de Israel.
13. A queda do muro de Berlim, o fim do socialismo real e a desintegração da URSS.
14. Expansão/crescimento do mundo urbano, as novas tecnologias e os novos agentes sociais e políticos.
15. Conflitos étnico-religiosos no final do século XX.
QUÍMICA
A Química exerce um relevante papel no desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do mundo moderno. Neste sentido, é de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo físico, de maneira a poder avaliar criticamente fatos do cotidiano e informações recebidas por diversas fontes de divulgação do conhecimento, tornando-se capaz de tomar decisões enquanto indivíduo e cidadão.
Desse modo, considera-se importante que, em vez de memorização extensa, o candidato demonstre capacidade de observar e descrever fenômenos e de formular para eles modelos explicativos, relacionando os materiais e as transformações químicas ao sistema produtivo e ao meio ambiente.
Na seqüência, são apresentadas algumas considerações sobre o conteúdo programático que é detalhado a seguir.
Espera-se que o vestibulando tenha conhecimento de equações usuais e de nomes e fórmulas químicas das substâncias mais comuns.
Os modelos atômicos deverão restringir-se apenas aos clássicos, não incluindo os modelos quânticos (orbitais atômicos, moleculares e hibridização).
A Tabela Periódica deverá ser entendida como uma sistematização das propriedades físicas e químicas dos elementos e, assim, seu uso estará presente ao longo de todo o programa.
Quanto ao aspecto quantitativo, espera-se do candidato a capacidade de efetuar cálculos estequiométricos elementares, envolvendo grandezas como massa, volume, massa molar, quantidade de matéria, entalpia, etc. Será avaliada, também, a sua habilidade em cálculos que envolvam concentração, percentagens e constantes físico-químicas. Considera-se importante a capacidade de lidar com relações quantitativas, envolvendo as variáveis pressão, volume, temperatura e quantidade de matéria. As relações de massa e de volume, assim como os cálculos estequiométricos, deverão ser encarados como conseqüências diretas da existência de átomos, que tomam parte em proporções definidas na constituição das substâncias.
No tocante à Química Orgânica, espera-se que o candidato tenha a capacidade de reconhecer grupos funcionais e de entender os principais tipos de reações, sabendo aplicá-los aos compostos mais simples. Considera-se importante o conhecimento das propriedades e dos usos de algumas substâncias relevantes para a atividade humana, em especial, das substâncias de importância industrial (petróleo, gás natural, álcoois, sabões e detergentes, macromoléculas naturais e sintéticas).
A experimentação, tanto a realizada em âmbito estrito de laboratório, quanto a realizada de maneira menos formal, mas sistematizada, no cotidiano, constitui aspecto fundamental do aprendizado da Química. Assim sendo, todos os itens do programa poderão envolver experimentação científica. Espera-se que o candidato tenha habilidades específicas, tais como registrar e analisar dados, organizá-los em tabelas e gráficos, reconhecer a finalidade de materiais de laboratório em montagens experimentais, propor materiais adequados para a realização de experimentos, bem como tenha conhecimento de aparelhagens de laboratório usadas em operações básicas como filtração, destilação e titulação.
As questões formuladas no vestibular conterão todos os dados necessários e avaliarão, principalmente, habilidades de compreensão, interpretação e análise das informações recebidas.
PROGRAMA
1. TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
A existência de relações de massa fixas entre reagentes e produtos, permitindo os cálculos estequiométricos, deve ser reconhecida como conseqüência da descontinuidade da matéria, isto é, da presença de átomos e moléculas em sua constituição. O balanceamento de reações, inclusive de oxirredução, constitui requisito importante para a realização de cálculos estequiométricos. Para este fim, também o conhecimento das leis dos gases é fundamental, uma vez que muitas reações envolvem substâncias nesse estado físico.
1.1. Reconhecimento das transformações químicas: mudança de cor, formação/desaparecimento de sólidos numa solução, absorção/liberação de energia, desprendimento de gases.
1.2. Interpretação das transformações químicas
1.2.1. Evolução do modelo atômico: do modelo corpuscular de Dalton ao modelo de Rutherford-Bohr.
1.2.2. átomos e moléculas: número atômico, número de massa, isótopos, massa molar e constante de Avogadro.
1.2.3. Reações químicas.
1.3. Representação das transformações químicas
1.3.1. representação simbólica dos elementos e substâncias.
1.3.2. equação química, balanceamento, número de oxidação.
1.4. Aspectos quantitativos das transformações químicas
1.4.1. leis de Lavoisier, Proust e Gay-Lussac.
1.4.2. Leis dos gases, equação de estado do gás ideal.
1.4.3. Cálculos estequiométricos: massa, volume, mol, massa molar, volume
molar dos gases.
2. PROPRIEDADES E UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS
Espera-se o conhecimento de algumas substâncias importantes na economia do País, em termos da ocorrência das matérias-primas, da produção industrial, das propriedades, da utilização e do descarte dessas substâncias. Conhecer as ligações químicas nos elementos e nos compostos que constituem tais substâncias é essencial. Interações intermoleculares precisam ser reconhecidas como determinantes de propriedades físicas de substâncias, tais como temperatura de ebulição e solubilidade.
2.1. Elementos e suas substâncias
2.1.1. A tabela periódica: reatividade dos metais alcalinos, metais alcalino-terrosos e halogênios.
2.1.2. Estados físicos da matéria – mudanças de estado.
2.1.3. Separação de componentes de mistura: filtração, decantação, destilação simples e fracionada, cristalização e cromatografia em papel.
2.2. Metais
2.2.1. Alumínio, cobre e ferro: ocorrência, obtenção industrial, propriedades e utilização.
2.2.2. Ligas: latão, bronze e aço.
2.2.3. Ligação metálica.
2.3. Substâncias iônicas
2.3.1. Principais compostos dos grupos: cloreto, carbonato, sulfato, nitrato e fosfato e suas aplicações.
2.3.2. Ligação iônica.
2.4. Substâncias moleculares
2.4.1. Hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, cloro, amônia: propriedades e usos.
2.4.2. Ligação covalente.
2.4.3. Polaridade das ligações.
2.4.4. Interações intermoleculares: van der Waals e ligação de hidrogênio.
2.5. A indústria química
2.5.1. Obtenção e aplicações industriais de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, cloro, hidróxido de sódio, amônia, óxido de cálcio, ácido clorídrico, ácido sulfúrico e ácido nítrico.
2.5.2. Implicações ambientais da produção e da utilização desses produtos industriais.
2.6. Ciclos de dióxido de carbono, enxofre e nitrogênio na natureza. Implicações ambientais.
3. A ÁGUA NA NATUREZA
É imprescindível notar que, apesar de a água ser abundante na Terra, sua disponibilidade na forma de água potável, ou mesmo para uso industrial, é extremamente limitada. O adensamento populacional e a expansão da atividade industrial vêm, de um lado, aumentando a demanda por água e, de outro, reduzindo sua oferta, este último fator ocorrendo em virtude da crescente poluição da água. Um tratamento mais sofisticado da água torna-se necessário e o tratamento de esgotos, imperativo. As propriedades da água, tais como sua capacidade de dissolver substâncias, seu calor de vaporização e seu calor específico, devem servir de base para o entendimento de sua importância na Terra e das medidas que podem ser tomadas para aumentar sua disponibilidade.
As propriedades de ácidos e bases precisam ser conhecidas para permitir distinguir essas substâncias entre si e de outras. A ação de ácidos, inclusive de ácidos oxidantes, sobre alguns metais, é de grande importância.
3.1. Estrutura da água, propriedades, importância para a vida e seu ciclo na natureza
3.2. Interações da água com outras substâncias
3.2.1. Processo de dissolução, curvas de solubilidade.
3.2.2. Concentrações (percentagem, ppm, g/L, mol/L).
3.2.3. Aspectos qualitativos dos efeitos do soluto nas seguintes propriedades da água: pressão de vapor, temperatura de congelamento, temperatura de ebulição e pressão osmótica.
3.3. Estado coloidal
3.3.1. Caracterização e propriedades.
3.3.2. Aplicações práticas.
3.4. Ácidos, bases, sais e óxidos
3.4.1. Ácidos e bases (conceito de Arrhenius).
3.4.2. Principais propriedades dos ácidos e bases: indicadores, condutibilidade elétrica, reação com metais, reação de neutralização.
3.4.3. Usos de ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, amônia e hidróxido de sódio.
3.4.4. Óxidos de carbono, nitrogênio, enxofre, metais alcalinos, metais alcalino-terrosos; interação com água; poluição atmosférica.
3.5. Poluição e tratamento da água
4. DINÂMICA DAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
É importante reconhecer os fatores que influem na velocidade das reações químicas e ter familiaridade com gráficos de concentração de reagentes e produtos em função do tempo. É fundamental a caracterização de equilíbrios químicos, tanto em fase gasosa, quanto em solução, incluindo-se a dissociação de ácidos e a hidrólise de sais de ácidos fracos e bases fracas. O conhecimento da perturbação de equilíbrios e dos fatores que a desencadeiam é considerado essencial. Espera-se do candidato a capacidade de realização de cálculos simples envolvendo constantes de equilíbrio.
4.1. Velocidade das transformações químicas
4.1.1. Fatores que influenciam a velocidade da reação.
4.1.2. Colisões moleculares. Energia de ativação.
4.2. Equilíbrio em transformações químicas
4.2.1. Caracterização macroscópica e microscópica (dinâmica) do estado de equilíbrio.
4.2.2. Constante de equilíbrio.
4.2.3. Perturbação do equilíbrio.
4.2.4. Produto iônico da água, pH.
4.2.5. Equilíbrios em solução envolvendo ácidos, bases e
sais.
5. ENERGIA NAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
A compreensão das manifestações de calor que acompanham transformações químicas, incluindo-se a fusão, a vaporização e a dissolução, é essencial. Assim, é importante saber calcular a variação de entalpia numa transformação química a partir de entalpias de formação, entalpias de combustão ou de variações de entalpia em outras reações, bem como a partir de energias de ligação. Espera-se do candidato o reconhecimento dos componentes de pilhas e cubas eletrolíticas e a compreensão dos fenômenos que ocorrem nesses processos. Os potenciais padrão de redução devem ser entendidos como uma quantificação da série eletroquímica.
5.1. Transformações químicas e energia térmica
5.1.1. Calor nas transformações químicas. Entalpia.
5.1.2. Princípio da conservação da energia, energia de ligação.
5.2. Transformações químicas e energia elétrica
5.2.1. Produção de energia elétrica: pilha.
5.2.2. Consumo de energia elétrica: eletrólise.
5.2.3. Representação das transformações que ocorrem na pilha e no processo de eletrólise por meio de equações químicas balanceadas.
5.2.4. Interpretação e aplicação de potenciais padrão de redução.
6. TRANSFORMAÇÕES NUCLEARES NATURAIS E ARTIFICIAIS
Neste item são importantes o conhecimento das propriedades e da origem de raios alfa, beta e gama, a representação de reações nucleares e o conceito de meia-vida e sua aplicação.
6.1. Conceitos fundamentais da radioatividade: emissões alfa, beta e gama; propriedades.
6.2. Reações nucleares: fissão e fusão nucleares.
6.3. Radioisótopos e meia-vida
6.4. Usos da energia nuclear e implicações ambientais
7. COMPOSTOS ORGÂNICOS
Os compostos orgânicos ocupam posição privilegiada na Química, não só pelo fato de constituírem a maioria dos compostos conhecidos, mas também por sua importância para a vida e presença em nosso cotidiano, na forma de uma variedade de materiais com que temos contacto. Assim sendo, o conhecimento das principais funções orgânicas é essencial, bem como de alguns compostos mais comuns, sendo, nesse caso, desejável conhecer nomes oficiais e usuais e fórmulas estruturais. Noções sobre alguns tipos de compostos, tais como gorduras, detergentes e polímeros são necessárias, devido à presença marcante deles em nosso dia-a-dia.
7.1. Características gerais
7.1.1. Fórmulas estruturais; reconhecimento das principais classes de compostos (hidrocarbonetos, álcoois, éteres, haletos de alquila, aminas, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres e amidas). Isomeria.
7.1.2. Propriedades físicas dos compostos orgânicos.
7.1.3. Fórmulas estruturais e nomes oficiais de compostos orgânicos simples contendo apenas um grupo funcional. Nomes usuais: etileno, acetileno, álcool metílico, álcool etílico, formaldeído, acetona, ácido acético, tolueno.
7.2. Reações em química orgânica: Principais tipos de reação: substituição, adição, eliminação, oxidação, redução, esterificação e hidrólise ácida e básica.
7.3. Química orgânica no cotidiano
7.3.1. Hidrocarbonetos. Petróleo e gás natural: origem, ocorrência e composição; destilação do petróleo (principais frações: propriedades e usos); combustão; implicações ambientais. Etileno, acetileno, benzeno, tolueno e naftaleno; propriedades e usos.
7.3.2. Álcoois: produção de etanol: fermentação alcoólica; álcoois como combustíveis: metanol e etanol; implicações ambientais.
7.3.3. Triglicerídeos (gorduras e óleos), sabões e detergentes. Obtenção, propriedades e usos.
7.3.4. Macromoléculas. Polímeros naturais: carboidratos e proteínas; estrutura e propriedades. Polímeros sintéticos: polímeros de adição (polietileno, poliestireno, PVC e teflon) e polímeros de condensação (poliéster e poliamida); estrutura, propriedades, produção e uso, reciclagem e implicações ambientais.
MATEMÁTICA
Conhecimentos matemáticos são aplicados na interpretação de fenômenos, em diferentes áreas da ciência, nas atividades tecnológicas e cotidianas. O cidadão necessita da capacidade de leitura e interpretação de informações por gráficos ou outras formas de linguagem matemática, de percepção da coerência ou não de uma argumentação, bem como da competência para formular suas próprias idéias de forma consistente, para uma inserção crítica e autônoma na sociedade contemporânea.
Dentro deste espírito, espera-se que o candidato demonstre possuir domínio da linguagem básica e compreensão dos conceitos fundamentais da Matemática, tratados no ensino fundamental e médio, de forma a saber aplicá-los em situações diversas e relacioná-los entre si e com outras áreas do conhecimento. Ele deve saber reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito, relacionar procedimentos associados às diferentes áreas, analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da realidade. Será priorizada a avaliação da capacidade de raciocínio, sem dar ênfase à memorização de fórmulas, à mecanização de técnicas ou a cálculos excessivos, desvinculados de contexto significativo ou de aplicações relevantes, dentro ou fora da Matemática.
Na 1ª fase do vestibular, o objetivo é avaliar o candidato quanto ao domínio e utilização da linguagem e quanto à compreensão de conceitos e procedimentos da matemática elementar, bem como quanto à capacidade de aplicá-los na resolução de problemas.
Na 2ª fase, além destes aspectos, pretende-se também avaliar o candidato quanto ao domínio de conceitos, ferramentas e procedimentos matemáticos necessários para o aprofundamento de estudos em áreas de ciências exatas, bem como quanto à capacidade de utilizá-los em situações-problema mais abstratas.
PROGRAMA
1. CONCEITOS E RELAÇÕES NUMÉRICAS BÁSICAS E APLICAÇÕES
Conhecer os problemas nodais que impulsionaram a necessidade de ampliação dos campos numéricos e dominar os conceitos básicos que deles surgiram, proporciona, ao indivíduo, uma inserção mais completa na cultura universal desenvolvida por homens e mulheres ao longo da História.
O cidadão freqüentemente necessita lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, etc. Daí a importância da Matemática Financeira com suas aplicações práticas.
Sistemas lineares e matrizes são instrumentos da linguagem matemática na modelação de situações-problema, além de representarem técnicas de grande utilidade para outros domínios da matemática de nível superior.
Tópicos
1.1. Números inteiros: compreensão dos algoritmos das quatro operações fundamentais no sistema decimal de numeração, divisibilidade e a decomposição em fatores primos.
1.2. Insuficiência dos números inteiros para a comparação de grandezas e para medir partes de um todo: razões e proporções; os números racionais; operações e a relação de ordem entre números racionais; representação decimal dos números racionais e sua relação com PG.
1.3. Insuficiência dos números racionais para medir segmentos a partir de uma unidade fixada; o conceito de número irracional e a representação decimal dos números reais.
1.4. Insuficiência dos números reais para a resolução de equações algébricas de 2º e 3º graus; o conceito de número complexo e suas representações – geométrica, algébrica e trigonométrica; interpretação algébrica e geométrica das operações e das raízes de números complexos – raízes da unidade.
1.5. Matemática financeira como instrumento para a resolução de problemas: os conceitos de porcentagem, juro simples e juro composto e sua relação com PA e PG, respectivamente.
1.6. Sistemas lineares e matrizes como organização e sistematização de informações; discussão e resolução de sistemas lineares (de até 4 equações e até 4 incógnitas) por escalonamento ou por substituição de variáveis.
2. GEOMETRIA
A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade. É inegável a importância de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e espaciais, presentes na natureza ou imaginadas, através de seus elementos e propriedades, bem como de poder representá-las por meio de desenho geométrico.
Na resolução de diferentes situações-problema, seguramente se faz necessária uma boa capacidade de visão geométrico-espacial, o domínio das idéias de proporcionalidade e semelhança, a compreensão dos conceitos de comprimento, área e volume, bem como saber calculá-los. Deve-se salientar que a semelhança de triângulos permitiu o desenvolvimento da trigonometria do triângulo retângulo, criada para solucionar problemas práticos de cálculo de distâncias inacessíveis. Por outro lado, as noções de semelhança e congruência nos remetem também aos fundamentos da própria Geometria.
Saber utilizar as coordenadas cartesianas de pontos no espaço possibilita a descrição de objetos geométricos numa linguagem algébrica, ampliando consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução de problemas geométricos, por meio da interação entre essas duas áreas da matemática.
Tópicos
2.1. Características, elementos e propriedades geométricas (tais que: vértices, arestas, lados, alturas, ângulos, focos, diretrizes, convexidade, número de diagonais,…) das seguintes figuras planas e espaciais: polígonos, círculos, setores circulares, elipses, parábolas, hipérboles, prismas, pirâmides, esfera, cilindros, cones e troncos.
2.2. Congruência e Semelhança de figuras planas e espaciais. Razões entre comprimentos, áreas e volumes de figuras semelhantes Teorema de Tales e aplicações: problemas envolvendo semelhança, somas dos ângulos internos e externos de polígonos. Casos de semelhança e congruência de triângulos e aplicações. Trigonometria do triângulo retângulo como instrumento para a resolução de problemas: seno, cosseno e tangente de ângulos agudos como razão de semelhança nos triângulos retângulos.
2.3. Eixos e planos de simetrias de figuras planas ou espaciais. Reconhecimento das secções planas de cones e as definições de elipse, parábola e hipérbole como lugar geométrico. Aplicações.
2.4. Relações métricas nas figuras geométricas planas e espaciais. O teorema de Pitágoras: lei dos senos e cossenos, aplicações em problemas bi e tridimensionais tais que: cálculo de diagonais, alturas, raios, etc. Comprimentos (ou perímetros), áreas (ou superfícies de sólidos) e volumes.
2.5. Construções com régua e compasso no plano: retas perpendiculares e paralelas; mediatriz de segmento; divisão de segmentos em partes proporcionais; bisseção de ângulos; polígonos regulares (inscritos e circunscritos); triângulos quaisquer (com a determinação de seus elementos).
Problemas de tangência, envolvendo circunferências.
2.6. Geometria Analítica: coordenadas cartesianas de pontos no plano e no espaço. Distância entre pontos no plano e no espaço e problemas bi e tridimensionais simples envolvendo esses conceitos. Equações de retas no plano: significado dos coeficientes na equação normal, paralelismo e perpendicularismo; distância de ponto a reta. Equações de circunferências no plano: reconhecimento do centro, raio, retas secantes e tangentes. Aplicações. Equações e inequações a duas incógnitas como representação algébrica de Lugares Geométricos no plano.
3. FUNÇÕES
Mais recentes na História da Matemática do que os Números, a Geometria ou a Álgebra, as funções têm um papel de grande destaque no interior daquela disciplina por serem instrumentos eficazes na modelagem de problemas reais ou imaginados e por fornecerem formas eficientes de estudá-los. Assim, por exemplo, é importante entender que fenômenos periódicos são descritos principalmente com funções trigonométricas; que certas situações de crescimento ou decrescimento rápido podem ser representadas por funções exponenciais; que distâncias podem ser expressas utilizando a função módulo e que a função logaritmo surgiu para permitir simplificações no cálculo de
produtos ou potências dos números com muitos dígitos que astrônomos ou navegadores necessitavam manipular, no século XVI.
A linguagem gráfica, sob várias apresentações, por sua comunicação direta e global, ganha cada vez mais destaque na era da comunicação. Ganham, assim, relevância especial não só a capacidade de leitura e interpretação de gráficos funcionais, conferindo significado às variações das grandezas envolvidas, mas também a competência de saber analisá-los para estimar resultados e fazer previsões. Por outro lado, no que tange à interação entre diferentes áreas da própria Matemática, os gráficos funcionais são ferramentas importantes para tornar mais significativas as resoluções de equações e inequações algébricas.
Tópicos
3.1. A noção de função como instrumento para lidar com variação de grandezas. Os conceitos de domínio e imagem. Caracterizações e representações gráficas e algébricas das seguintes funções: funções módulo, polinomiais de 1º e 2º graus, raiz quadrada, f(x)=xn, f(x)=1/x, f(x)=1/x², funções exponenciais e logarítmicas (cálculo de valores aproximados em casos de expoentes irracionais) e as funções seno, cosseno e tangente (definições geométricas no ciclo trigonométrico e valores nos arcos notáveis) e suas transladadas. Aplicações.
3.2. Reconhecimento e interpretação de gráficos de funções: domínio, imagem, valores destacados no gráfico (máximos, mínimos, zeros), biunivocidade, periodicidade, simetrias, intervalos de crescimento e decrescimento, análise da variação da função. Aplicações em situações-problema de contexto variado, incluindo estimativas ou previsões de valores.
Equações e inequações envolvendo funções: resoluções gráficas e algébricas. Identidades funcionais importantes: princípio de identidade polinomial, produtos notáveis e fatoração de polinômios, principais identidades trigonométricas, propriedades básicas de logaritmos e exponenciais. Desigualdade triangular para módulos. Aplicações em situações-problema.
4. COMBINATÓRIA, PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
O desenvolvimento do espírito crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de vários tipos de situações da vida em sociedade, exige do cidadão que seja bem informado. Estatísticas e probabilidades estão cada vez mais presentes nos meios de comunicações como forma de apresentação de informações. Pesquisas de opinião, pesquisas sobre preços, sobre epidemias e outros temas de interesse social, ambiental ou econômico são noticiadas freqüentemente, sempre permeadas de porcentagens ou outros indicadores, de gráficos, tabelas e, não raro, inferindo conseqüências prováveis e forjando opiniões.
Para poder interpretar de forma autônoma e crítica tais informações, o indivíduo deve ser capaz de compreender bem a linguagem pictográfica, compreender a importância da amostra para as conclusões de uma pesquisa e ter claro que a atribuição de probabilidades é, sobretudo, uma forma de quantificar a incerteza quanto ao resultado a ser obtido. Em diferentes áreas e atividades profissionais, são de grande utilidade as capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizar processos de contagem em situações-problema, representar freqüências relativas, construir espaços amostrais e calcular probabilidades.
Ressaltamos que, na resolução de problemas de contagem, o importante é a habilidade de raciocínio combinatório. É fundamental valorizar o desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a organização dos dados em agrupamentos que possam ser contados corretamente, tendo em vista que a mera aplicação de fórmulas não nos permite resolver a maior parte dos problemas de contagem.
Tópicos
4.1. Problemas de contagem: o princípio fundamental da contagem, o princípio aditivo, a divisão como um processo de redução de agrupamentos repetidos. Resolver problemas envolvendo a contagem de diferentes tipos de agrupamentos. Binômio de Newton.
4.2. Probabilidade de um evento num espaço equiprovável: construção de espaços amostrais finitos e representação através de freqüências relativas. Probabilidade da união e da interseção de eventos. Eventos disjuntos. O conceito de independência de eventos. Probabilidade condicional. Aplicação de probabilidade em situações-problema.
4.3. População e amostra. Estatística descritiva: tratamento da informação obtida com a organização e interpretação de dados em tabelas e gráficos. Significado e aplicação de medidas de tendência central (média, mediana e moda) e de dispersão (desvio-médio, desvio-padrão e variância).
GEOGRAFIA
A prova da FUVEST, na área de Geografia, objetiva avaliar o nível de apropriação e a capacidade da correta aplicação de um conjunto de conceitos e informações relativos ao espaço geográfico, que abrange sociedade e natureza em suas especificidades e interrelações. Esse tipo de conhecimento constitui-se no instrumental mínimo para introdução do indivíduo na análise, síntese e interpretação crítica da realidade contemporânea mundial e brasileira.
Assim, espera-se do candidato egresso do Ensino Médio não só a apropriação de repertório, informações e linguagem, em diversas escalas, relativos ao espaço geográfico, mas também a capacidade de experimentar, de forma crítica e coerente, alguns níveis de compreensão da produção e da transformação do mundo em que vive.
Os conceitos-chave com os quais a Geografia lida, seu vasto campo de investigação e suas abordagens multiescalares, permitem classificá-la como uma das áreas mais fecundas para o exercício da interdisciplinaridade e para a superação de leituras e interpretações fragmentadas da realidade.
Dessa forma, sem negligenciar os conteúdos e informações substanciais para tal superação, espera-se avaliar a capacidade do candidato quanto a:
-
Caracterização e compreensão da sociedade e da natureza, em suas especificidades e interrelações.
-
Compreensão do espaço geográfico: produção, paisagens, organização e transformação.
-
Compreensão de fatos e processos sociais e naturais como fatos dinâmicos e analisáveis em diversas e complementares escalas de observação.
-
Compreensão do mundo atual por meio dos processos de transformação que o trabalho social imprime à natureza.
-
Identificação de relações entre a realidade brasileira e os processos gerais que regem a sociedade contemporânea, tanto no que se refere à natureza – apropriada, transformada e revalorizada – quanto no que se refere à sociedade propriamente dita.
-
Conhecimento e utilização das técnicas de localização e representação do espaço geográfico.
PROGRAMA
I – O espaço mundial. Desigualdades sócio espaciais das atividades econômicas, população, trabalho e tempo livre, centros de poder e conflitos atuais.
1 – A distribuição territorial das atividades econômicas. A natureza como recurso para o desenvolvimento das atividades econômicas: extrativismo, coleta e produção agropecuária. A utilização dos recursos naturais e os impactos ambientais.
1.1 – Os processos de industrialização, urbanização e metropolização e o desenvolvimento desigual dos países.
1.1.1 – Os grandes centros econômicos e sua organização territorial: Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental.
1.1.2 – Diversidade geográfica e socioeconômica da América Latina, África, Ásia e Oceania.
1.2 – A integração dos países pelas redes materiais e imateriais. As redes de transporte e a circulação de mercadorias e as redes imateriais: fluxos de informação, de comunicação e de capital financeiro.
2 – A população mundial: estrutura, dinâmica e mobilidade geográfica.
2.1 – Estrutura e dinâmica populacional, desemprego e exclusão social.
2.2 – Mobilidade populacional: migração de trabalhadores, fluxo de turistas e de refugiados políticos.
3 – Tempo livre: diferenças geográficas e sociais.
3.1 – O lazer e o entretenimento na sociedade atual: direito ao lazer e sua mercantilização.
3.2 – O turismo como atividade econômica e suas diversas formas.
3.3 – Os impactos sócio-ambientais da atividade turística.
3.4 – O esporte. A indústria cultural.
4 – Do mundo bipolar ao mundo multipolar.
4.1 – Surgimento e crise do mundo bipolar: as potências coloniais, a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, as superpotências, o movimento dos países não alinhados, a corrida armamentista e a Guerra Fria.
4.2 – Implicações geopolíticas da desestruturação da União Soviética: crise e desagregação da URSS e a reestruturação política do leste europeu.
4.3 – O mundo multipolar: a hegemonia mundial dos Estados Unidos e os novos pólos do poder mundial: Alemanha, França, Reino Unido, Japão, China e Rússia. As potências regionais: África do Sul, Brasil e Índia.
4.4 – A organização do poder econômico e político mundial: os principais organismos internacionais, os blocos econômicos regionais, os grandes grupos econômicos internacionais e as organizações não governamentais.
4.5 – A emergência de conflitos regionais e a questão das identidades sócio-culturais: étnicas, tribais e religiosas.
II – O espaço geográfico brasileiro. A formação do território, a distribuição territorial das atividades econômicas, população e participação do Brasil na ordem mundial.
1 – A formação do território brasileiro e a gênese das desigualdades sócio-espaciais contemporâneas. A produção de espaços vinculados ao comércio colonial exportador.
1.1 – Os espaços geográficos complementares à economia colonial exportadora.
1.2 – As fronteiras territoriais.
2 – A distribuição territorial das atividades econômicas.
2.1 – A natureza como recurso para o desenvolvimento das atividades econômicas.
2.1.1 – A exploração vegetal e a pesca.
2.1.2 – Os recursos minerais, as fontes de energia e os impactos ambientais.
2.1.2.1 – O modelo energético brasileiro.
2.2 – A diversidade regional da agricultura e da pecuária brasileira. Da subsistência à modernização agropastoril. A questão da propriedade territorial, das relações de produção e de trabalho.
2.2.1 – O complexo agro-industrial. A política agrícola e os mecanismos de financiamento das atividades no campo.
2.2.2 – A reforma agrária e os movimentos sociais no campo.
2.2.3 – A agricultura e os impactos ambientais.
2.3 – O processo de industrialização brasileiro.
2.3.1 – Gênese da indústria: a cafeicultura e a
concentração de riqueza em São Paulo.
2.3.2 – O processo de industrialização, a concentração da atividade industrial no Brasil e a recente desconcentração espacial da indústria.
2.3.3 – A industrialização restringida, a substituição de importações e o desenvolvimento de pólos industriais e tecnológicos.
2.3.4 – O processo de industrialização e o desenvolvimento desigual das regiões brasileiras.
2.4 – O processo de urbanização e a constituição da rede urbana brasileira.
2.4.1 – O desenvolvimento metropolitano e as atividades de serviços.
2.4.2 – A produção científica e tecnológica no Brasil: as instituições de pesquisa.
2.4.3 – A urbanização e os impactos ambientais.
2.4.4 – Os movimentos sociais urbanos.
2.5 – As regiões brasileiras e o Estado de São Paulo.
3 – A população brasileira: estrutura, dinâmica e mobilidade geográfica.
3.1 – A formação da população brasileira. A questão indígena e as seqüelas da escravidão africana. A imigração européia e asiática.
3.2 – Estrutura e dinâmica da população brasileira, emprego, distribuição da renda e exclusão social. Os indicadores de qualidade de vida.
3.3 – A distribuição espacial da população, migrações internas e externas. Migração de trabalhadores, fluxo de turistas e de refugiados políticos.
4 – O Brasil na nova ordem mundial.
4.1 – Participação do Brasil nos organismos internacionais, sua relação com os centros hegemônicos mundiais, e com blocos econômicos regionais.
4.1.1 – O Brasil e os Estados Unidos.
4.1.2 – O Brasil e a América Latina. A relação com os países amazônicos. A formação e o desenvolvimento do Mercosul.
4.1.3 – O Brasil e seus demais parceiros internacionais.
III – O planeta Terra: os climas e os ecossistemas terrestres, o relevo e a água na superfície terrestre.
1 – O planeta Terra.
1.1 – Origem do Universo e do planeta Terra: hipóteses explicativas.
1.1.1 – Movimentos principais da Terra e suas conseqüências.
1.2 – Estrutura interna da Terra.
1.2.1 – Os sismos e o conhecimento das camadas internas. A crosta terrestre e sua composição. Origem e evolução dos continentes e a deriva continental.
1.2.2 – A tectônica de placas: distribuição das placas na superfície terrestre e seus movimentos. Bordas de placas, atividade vulcânica e formação de montanhas.
1.3 – Natureza e origem das rochas.
1.3.1 – Minerais constituintes e tipos de rochas. O ciclo das rochas.
1.3.2 – As rochas, os fósseis e a escala do tempo geológico. A idade da Terra.
1.3.3 – Recursos minerais e sua distribuição. Origem e evolução dos depósitos de combustíveis fósseis.
1.3.4 – Recursos minerais no Brasil.
2 – Os climas e os ecossistemas terrestres.
2.1 – O clima.
2.1.1 – A atmosfera: composição química.
2.1.2 – Temperaturas e circulação atmosférica. As mudanças de temperatura e os fatores geográficos. As precipitações.
2.1.3 – Tempo e clima. Zonalidade climática.
2.1.4 – O efeito estufa natural. As mudanças climáticas.
2.2 – A biosfera. Conservação, uso, manejo e estado atual dos ecossistemas.
2.2.1 – Distribuição geográfica dos climas e a distribuição da vegetação.
2.2.2 – Ecossistemas das zonas polares, temperadas frias, temperadas, áridas e de altitude.
2.2.3 – Os ecossistemas intertropicais e sua diversidade.
3 – O relevo terrestre.
3.1 – Fatores endógenos.
3.1.1 – Escudos e bacias sedimentares antigos e modernos e cadeias dobradas. Tipos de relevo associados.
3.1.2 – A formação das montanhas: falhas e dobras. Tipos de relevo associados.
3.1.3 – Vulcões e relevo vulcânico.
3.1.4 – Escala de unidades geomorfológicas: magnitude, tamanho e permanência.
3.1.5 – Origem e evolução da plataforma brasileira. Os tipos de relevo.
3. 2 – Fatores exógenos.
3.2.1 – Os ambientes terrestres e o modelado do relevo. Intemperismo e pedogênese.
3.2.2 – Morfogênese: formas e depósitos associados nos ambientes polares, temperados frios, temperados, intertropicais, áridos e de altitude.
3.2.3 – O modelado antrópico.
3.2.4 – O modelado do relevo brasileiro.
4 – A água na superfície terrestre.
4.1 – Oceanos e mares.
4.1.1 – A água em movimento: correntes marinhas, ondas e marés.
4.1.2 – O relevo e os ambientes submarinos.
4.1.3 – A temperatura e a salinidade como fatores de distribuição das espécies.
4.1.4 – A plataforma e as bacias oceânicas brasileiras: biodiversidade, recursos minerais e impactos ambientais.
4.1.5 – Formas resultantes da dinâmica marinha, dos fatores tectônicos e dos seres vivos na interface continente-oceano.
4.1.6 – O litoral brasileiro: os tipos de costa e sua evolução. Os ecossistemas costeiros: conservação, uso, manejo e estado atual.
4.2 – Os ambientes de água doce.
4.2.1 – A bacia hidrográfica como unidade de análise. A rede hidrográfica.
4.2.2 – Os sistemas fluviais: formas e depósitos. Os rios meandrantes e os deltas.
4.2.3 – A vida no ambiente fluvial.
4.2.4 – As bacias fluviais brasileiras: conservação, uso, manejo e estado atual.
4.2.5 – A água nos ambientes áridos e semi-áridos: rios anastomosados e leques aluviais.
4.2.6 – Lagos e águas subterrâneas. Tipos de lagos. A vida nos ambientes lacustres.
4.2.7 – Geleiras: formas e depósitos associados. A vida no ambiente glacial.
IV – A questão ambiental: Os ciclos globais, a agenda ambiental internacional e as políticas ambientais no Brasil.
1 – Os ciclos globais e o ambiente terrestre nas questões internacionais.
1.1 – Escala temporal das flutuações climáticas.
1.2 – O sistema climático tropical e o fenômeno ENSO (El Niño/Oscilação Sul).
1.2.1 – Episódios ENSO e o clima global: secas na África, desertificação, variabilidade das monções, atividade ciclônica no Atlântico e oscilações de temperatura na zona extratropical.
1.3 – Os resultados físicos das mudanças químicas: a intervenção antrópica. A Convenção sobre Mudanças Climáticas Globais.
1.3.1 – A intensificação do efeito estufa e o aquecimento global. O buraco na camada de ozônio. O Protocolo de Montreal.
1.3.2 – O uso intensivo do solo e a desertificação. A Convenção sobre Desertificação.
1.4 – Os países de megadiversidade biológica. A Convenção sobre Diversidade Biológica.
2 – A agenda internacional ambiental e o movimento ambientalista.
2.1 – A questão ambiental na ONU e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
2.2 – As Conferências internacionais sobre o ambiente.
2.2.1 – A participação do Brasil nas reuniões internacionais sobre o ambiente.
2.3 – A participação das organizações não governamentais ambientalistas em organismos internacionais.
2.3.1 – As diferentes visões do ambientalismo.
3 – Políticas públicas ambientais e o ambientalismo no Brasil.
3.1 – A institucionalização da temática ambiental no Brasil.
3.1.1 – A legislação ambiental brasileira.
3.1.2 – Os Conselhos sobre o meio ambiente e a participação da sociedade civil.
3.2 – Políticas de gestão dos recursos hídricos.
3.2.1 – Os Comitês de Bacia.
3.2.2 – O uso dos aqüíferos.
3.3 – Políticas de conservação da diversidade biológica brasileira.
3.3.1 – As unidades de conservação no Brasil.
3.3.2 – O acesso aos recursos genéticos do Brasil e o conhecimento desses recursos pelas comunidades locais.
3.4 – O ambientalismo no Brasil.
V – Representações do espaço geográfico
1.1 – Representações gráficas e cartográficas: confecção e utilização. Tabelas, gráficos, cartas, mapas, perfis, blocos-diagramas e maquetes: possibilidades de leituras, correlações e interpretações.
1.2 – Sistemas referenciais para localização espacial. O sistema de coordenadas terrestres.
1.3 – Cartografia.
1.3.1 – Hemisférios, fusos e zonas terrestres.
1.3.2 – Representação da superfície terrestre: projeções cartográficas, distorções e escalas. Tipos de mapeamentos temáticos.
1.3.3 – Cartografia como linguagem e sistematização de conhecimento estratégico.
1.3.4 – Cartografia e o uso de novas tecnologias: GPS, Produtos de sensoriamento remoto e SIGs.
PORTUGUÊS
A prova de Português visa a avaliar a capacidade de ler, compreender e interpretar criticamente textos de toda natureza – literários e não literários -, bem como a capacidade de mobilizar conhecimentos lingüísticos na produção de textos que atendam aos requisitos de adequação, correção, coesão e coerência.
O candidato deve, portanto, dominar a norma culta da língua escrita, reconhecer outras variedades lingüísticas, assim como possuir um certo repertório de leituras de textos literários, no nível próprio do concluinte do Ensino Médio.
No que se refere aos conhecimentos lingüísticos, tais competências supõem que o candidato domine os conteúdos dos itens seguintes:
I. Língua Portuguesa
1. Níveis de significação do texto: significação explícita e significação implícita, denotação e conotação.
2. Distinção entre variedades do português.
3. Norma ortográfica.
4. Morfossintaxe das classes de palavras:
4.1. flexão nominal;
4.2. flexão verbal: expressão de tempo, modo, aspecto e voz; correlação de tempos e modos;
4.3. elementos estruturais e processos de formação das palavras;
4.4. concordância nominal e verbal;
4.5. regência nominal e verbal;
4.6. pronomes;
4.7. advérbios;
4.8. conectivos: função sintática e valores lógico-semânticos.
5. Processos de organização da frase:
5.1. coordenação e subordinação;
5.2. reorganização de orações e períodos.
6. Citação de discursos: direto, indireto e indireto livre.
7. Organização do texto:
7.1. dissertação: fato e demonstração / argumento e inferência / relações lógicas;
7.2. narração: seqüenciação de eventos / temporalidade;
7.3. descrição: simultaneidade / espacialidade na ordenação dos elementos descritores.
8. Estratégias de articulação do texto:
8.1. coesão lexical e gramatical;
8.2. paragrafação.
9. Recursos expressivos:
9.1. ritmo e sonoridade;
9.2. recursos morfológicos, léxicos e sintáticos.
10. Intertextualidade.
No que se refere aos textos literários, espera-se o conhecimento das obras representativas dos diferentes períodos das literaturas brasileira e portuguesa. O conhecimento desse repertório implica a capacidade de analisar e interpretar os textos, reconhecendo seus diferentes gêneros e modalidades, bem como seus elementos de composição, tanto aqueles próprios da prosa quanto os da poesia. Implica também a capacidade de relacionar o texto com o conjunto da obra em que se insere, com outros textos e com seu contexto histórico e cultural. Esse repertório de leituras inclui, entre outras, as abaixo discriminadas:
II. Literatura Brasileira
a) Barroco: Gregório de Matos (Poesia satírica e poesia lírico-amorosa).
b) Arcadismo: Cláudio Manuel da Costa (Sonetos); Tomás Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu).
c) Romantismo: Gonçalves Dias (Poesias); Álvares de Azevedo (Noite na taverna, Lira dos vinte anos); Castro Alves (Espumas flutuantes, Os escravos); José de Alencar (Iracema, O guarani, Senhora); Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de Milícias).
d) Realismo – Naturalismo: Machado de Assis (Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Papéis avulsos, Histórias sem data); Aluísio Azevedo (O cortiço); Raul Pompéia (O Ateneu).
e) Parnasianismo – Simbolismo: Raimundo Correia (Sinfonias); Cruz e Souza (Broquéis, Últimos sonetos).
f) Pré-modernismo e Modernismo: Lima Barreto (Triste fim de Policarpo Quaresma); Mário de Andrade (Lira paulistana, Amar, verbo intransitivo, Macunaíma, Contos novos); Oswald de Andrade (Poesias reunidas, Memórias sentimentais de João Miramar); Alcântara Machado (Brás, Bexiga e Barra Funda); Manuel Bandeira (Estrela da vida inteira).
g) Tendências contemporâneas:
1- Prosa: José Lins do Rego (Fogo morto); Graciliano Ramos (São Bernardo, Vidas secas); João Guimarães Rosa (Sagarana, Primeiras estórias, Manuelzão e Miguilim); Jorge Amado (Capitães de areia); Clarice Lispector (Perto do coração selvagem, A legião estrangeira, A hora da estrela); Pedro Nava (Balão cativo); Rubem Braga (Crônicas – Contos); Dalton Trevisan (Cemitério de elefantes); Rubem Fonseca (Feliz ano novo).
2- Poesia: Carlos Drummond de Andrade (Alguma poesia, A rosa do povo, Claro enigma); João Cabral de Melo Neto (Morte e vida severina, A educação pela pedra); Ferreira Gullar (Toda poesia).
III. Literatura Portuguesa
a) Trovadorismo: (Cantigas de amigo e Cantigas de amor).
b) Humanismo: Gil Vicente (Farsa de Inês Pereira, Auto da barca do inferno).
c) Classicismo: Camões (Poesia lírica: sonetos; poesia épica: episódios do Concílio dos deuses (I, 20-41), de Inês de Castro (III, 118-135), do Velho do Restelo (IV, 90-104) e do Gigante Adamastor (V, 37-60), de Os Lusíadas).
d) Barroco: Padre Antônio Vieira (Sermão da sexagésima, Sermão da quarta-feira de cinzas).
e) Arcadismo: Bocage (Sonetos).
f) Romantismo: Almeida Garrett (Viagens na minha terra); Alexandre Herculano (Eurico, o presbítero); Camilo Castelo Branco (Amor de perdição).
g) Realismo: Eça de Queirós (A cidade e as serras, O primo Basílio, A ilustre casa de Ramires, Os Maias).
h) Simbolismo: Camilo Pessanha (Clepsidra).
i) Orpheu: Mário de Sá Carneiro (poesia: Dispersão e Indícios de Oiro); Fernando Pessoa (Poesia ortônima e heterônima).
j) Modernismo: Miguel Torga (Os contos da montanha); Vergílio Ferreira (Aparição); José Saramago (Memorial do convento); Agustina Bessa-Luís (A Sibila).
A cada ano, a FUVEST apresentará, também, uma lista contendo, no mínimo 6 e, no máximo 8 obras, cuja leitura integral será exigida. Essa lista será válida por 2 anos, ao fim dos quais será, em parte, modificada. Especificamente para o Vestibular de 2005, foram escolhidas as seguintes obras:
-
Memórias de um sargento de Milícias – Manuel Antônio deAlmeida;
-
O primo Basílio – Eça de Queirós;
-
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
-
Poemas completos de Alberto Caeiro – (heterônimo de Fernando Pessoa);
-
Macunaíma – Mário de Andrade;
-
Libertinagem – Manuel Bandeira;
-
Sagarana – João Guimarães Rosa;
-
A hora da estrela – Clarice Lispector.
Observações Gerais:
Na primeira fase, o exame constará de testes de múltipla escolha. Na segunda fase, além das questões que requerem respostas discursivas, será solicitada uma redação, cujas especificações se expõem a seguir:
Redação
A redação deverá ser, obrigatoriamente, uma dissertação em prosa, na qual se espera que o candidato demonstre capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentando com pertinência e expressando-se de modo coerente e adequado.
Na correção da redação, serão examinados três aspectos (Tema e desenvolvimento, Estrutura e Expressão), sendo que a cada um deles podem ser atribuídos 0, 1, 2, 3 ou 4 pontos.
1 – Tema e desenvolvimento
Considera-se aqui, por um lado, se o texto do candidato atende ao tema proposto e se, por outro lado, configura-se como uma dissertação em prosa. A fuga completa ao tema proposto ou a não-observância do gênero exigido serão tomadas como pressupostos inquestionáveis para que a prova não seja objeto de correção em qualquer outro de seus aspectos, atribuindo-se-lhe nota zero.
No que diz respeito ao desenvolvimento, verificar-se-á além da pertinência na elaboração do tema, também a capacidade crítico-argumentativa do candidato, bem como a maturidade e a inventividade que no texto se manifestam.
2 – Estrutura
Consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos de coesão textual (nas frases, períodos e parágrafos) e de coerência das idéias.
Maior ou menor coerência reflete a capacidade (ou incapacidade) do candidato para relacionar os argumentos e organizá-los de forma a deles extrair conclusões apropriadas, demonstrando capacidade autoral na construção do texto. Serão considerados aspectos negativos a presença de contradições entre frases ou parágrafos, a falta de encadeamento das idéias, a circularidade ou quebra de progressão argumentativa, a falta de conclusão ou a presença de conclusões não decorrentes do que foi previamente exposto.
Serão tidos também como fatos negativos referentes à coesão, entre outros, o estabelecimento de relações semânticas impróprias entre palavras e expressões, bem como o uso inadequado de conectivos.
3 – Expressão
Consideram-se nesse item o domínio do padrão culto da língua e a fluência do discurso. Serão examinados aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação. A presença de clichês e frases feitas, o uso inadequado de vocábulos são ocorrências, em princípio, negativas. A fluência do discurso será avaliada por meio da competência em expor com clareza e precisão os argumentos selecionados para a defesa do ponto de vista adotado, de acordo com o tema proposto, bem como pelo grau de expressividade demonstrado na escolha e no uso do vocabulário.
INGLÊS
O exame tem por objetivo avaliar a capacidade de compreensão de textos autênticos em língua inglesa, cujo grau de dificuldade seja compatível com o ensino fundamental e médio. Os textos abordarão temas variados da realidade política, econômica e cultural do mundo contemporâneo. Poderão ser utilizados textos literários, científicos, de divulgação, jornalísticos ou publicitários.
As questões terão como meta principal medir a capacidade do candidato em inferir, estabelecer referências e promover relações entre textos e contextos, orações e frases. Nesse particular, serão prioritariamente tratados os aspectos gerais pertinentes ao tema, estrutura e propriedade dos textos. Poderão, ainda, ser avaliados os elementos lingüísticos relevantes à compreensão global e/ou parcial dos textos. Nesse sentido, poderão ser formuladas questões a partir de expressões e frases que sejam relevantes para a compreensão do texto.
Na medida de sua importância, para a compreensão dos textos, será exigido também o reconhecimento do vocabulário e de elementos gramaticais básicos.
ARQUITETURA – SÃO CARLOS
PROGRAMA
• Período da manhã
Desenho de observação – para avaliação da capacidade de linguagem gráfica na figuração de um modelo.
Desenho geométrico e projetivo – para avaliação da capacidade de representação geométrica de figuras no plano e no espaço.
• Período da tarde
Desenho de memória – para avaliação da capacidade de retenção e expressão da forma, das proporções e dos detalhes característicos de objetos em geral.
Desenho de criação – para avaliação da capacidade do candidato em expressar, graficamente, sua visão de aspectos da realidade urbana.
Para execução das provas, o candidato deverá estar preparado nos seguintes aspectos:
1. Noções sobre a organização do meio ambiente, a partir de:
a) material acumulado pelo candidato com base na experiência direta (vivência cotidiana) da função, do uso e do significado do espaço.
b) possibilidades intuitivas do candidato em operar com os elementos básicos que configuram seu meio ambiente.
2. Organização Visual no Plano e no Espaço
a) Domínio dos elementos básicos de organização formal no plano, como o ponto, a linha, a superfície, a cor.
b) Domínio dos elementos básicos de organização formal no espaço e sua representação como perspectiva, escala e proporção.
c) Capacitação para representar e expressar pelo desenho.
3. Desenho Geométrico
3.1. Construção geométrica
a) Figuras geométricas planas: retas, paralelismo, perpendicularidade, semi-retas, segmentos, ângulos, polígonos, circunferências e círculos.
b) Relações métricas nos triângulos, polígonos, nos polígonos regulares, circunferências e círculos.
c) Semelhança de figuras planas e espaciais. Razões entre áreas e volumes.
d) Concordância e tangência.
e) Divisão do segmento, do ângulo e do círculo.
f) Razões e proporções das figuras planas.
3.2. Geometria Projetiva
a) Figuras geométricas espaciais – retas e planos, paralelismo, perpendicularismo, ângulos diédricos e poliédricos, poliedros e poliedros regulares.
b) Prismas, pirâmides, cilindros, cones e respectivos troncos.
Observações:
1. O papel para os trabalhos será fornecido no local das provas, acompanhando as definições dos temas e as instruções para cada tarefa. Não será permitido, ao candidato, levar material de consulta ou de manuseio (como jornais, revistas, esboços, desenhos, fotografias, etc), devendo usar apenas aquele fornecido pela Banca Examinadora, se for o caso. Os candidatos deverão levar todo o tipo de material de desenho, para tratamento em preto e branco e em cores (como grafite de várias durezas, lápis de cor, nanquim, aquarela, guache, lápis de cera, canetas hidrográficas).
2. Para a prova de desenho geométrico, o vestibulando deverá trazer seus instrumentos de desenho: esquadros 45º e 60º, régua e compasso, no mínimo.
ARQUITETURA – FAU – SÃO PAULO
PROGRAMA
A prova específica objetiva avaliar o potencial de raciocínio espacial do candidato e compõe-se de três partes conforme segue:
a) Geometria E FUNÇÕES
1. Construções Geométricas
1.1. Figuras geométricas – retas, circunferências, ângulos e polígonos.
1.2. Paralelismo e perpendicularidade.
1.3. Concordância e Tangência.
1.4. Divisão de segmentos, ângulos e circunferências.
1.5. Partição de figuras planas em partes equivalentes e proporcionais.
1.6. Transformação geométrica no plano – translações, rotações, reflexões e homotetias.
2. Geometria Plana e Espacial
2.1. Relações geométricas em sólidos – representação plana e espacial, movimentos de translação e rotação.
2.2. Semelhança de figuras no plano e no espaço.
2.3. Medidas de segmentos, áreas e volumes de figuras geométricas.
2.4. Relações métricas em sólidos – poliedros e esferas.
3. Funções
3.1. Noção de função como instrumento de avaliação de grandezas.
3.2. Interpretação de gráficos de funções.
3.3. Equações e inequações – resoluções gráficas e algébricas.
b) linguagem BIDIMENSIONAL
1. Noções de linguagem visual – ponto, linha, plano, forma, textura, cor, estrutura, composição, equilíbrio. Contraste, proporção, peso, ritmos, modulação.
2. Comunicação por intermédio da “linguagem visual”.
c) linguagem TRIDIMENSIONAL
1. Representação de espaço da cidade – edifícios, meio ambiente, objetos, transporte, atividades humanas.
2. Representação de espaço da cidade em desenho e modelos tridimensionais.
Material para as provas
a) O material para execução dos trabalhos será fornecido no local das provas;
b) Os candidatos deverão trazer apenas o seguinte material de desenho para tratamento em preto e branco ou cores: grafite, lápis de cor e/ou lápis cera (no mínimo 12 cores); não será permitido o uso de qualquer outro material de desenho;
c) Os candidatos também deverão trazer os seguintes instrumentos, materiais e complementos: esquadros (45º e 30/60º), compasso, régua milimetrada (30 cm no mínimo), opcionalmente régua “T” ou paralela, instrumento para apontar lápis, estilete e/ou tesoura, cartão para proteção da prancheta, no caso de uso de estilete (20×30 cm no mínimo), borracha, fita adesiva, cola (branca e/ou de isopor e/ou similares, araldite); não será permitido o uso de colas de contato e de “spray”.
ARTES CÊNICAS – BACHARELADO
PROGRAMA
1. Prova Escrita 1
Os candidatos deverão desenvolver uma reflexão a partir de tema a ser definido no momento da prova, podendo apoiar-se na seguinte bibliografia:
-
CHACRA, Sandra. A natureza e o sentido da improvisação teatral. São Paulo, Perspectiva, 1983.
-
GUINSBURG, Jacó. “Diálogos sobre a natureza do teatro” in Da cena em cena, São Paulo, Perspectiva, 2001.
- ROSENFELD, Anatol. “O fenômeno teatral” in Texto e Contexto, São Paulo, Perspectiva, 1996.
- ROUBINE, Jean-Jacques. Introdução às grandes teorias do teatro. Rio de
Janeiro, Zahar, 2003.
2. Prova Escrita 2
Os candidatos deverão desenvolver uma reflexão baseada na experiência das
provas práticas.
3. Provas Práticas
Os candidatos, divididos em sub-grupos, participarão de aulas abertas que visam avaliar habilidades e competências relacionadas à aprendizagem e à prática da cena.
Obs. Os candidatos deverão portar roupas adequadas ao trabalho prático.
4. Prova Oral
Será feita perante a Banca, versando sobre tema incluído na bibliografia.
Observação: Todos os livros existem na Biblioteca Central da Escola de Comunicações e Artes (ECA) USP.
ARTES CÊNICAS – LICENCIATURA
PROGRAMA
1. Prova Escrita 1
Os candidatos deverão desenvolver uma reflexão a partir de tema a ser definido no momento da prova, podendo apoiar-se na seguinte bibliografia:
-
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Paz e Terra, 1999.
-
COELHO, José Teixeira. O que é ação cultural. São Paulo, Brasiliense, 1989.
-
GUINSBURG, Jacó. “Diálogos sobre a natureza do teatro” in Da cena em cena, São Paulo, Perspectiva, 2001.
-
SPOLIN, Viola. “Teoria e Fundamentação” in Improvisação para o teatro, São Paulo, Perspectiva, 1983.
2. Prova Escrita 2
Os candidatos deverão desenvolver uma reflexão baseada na experiência das provas práticas.
3. Provas Práticas
Os candidatos, divididos em sub-grupos, participarão de aulas abertas que visam avaliar habilidades e competências relacionadas à aprendizagem e à prática da cena.
Obs. Os candidatos deverão portar roupas adequadas ao trabalho prático.
4. Prova Oral
Será feita perante a Banca, versando sobre tema incluído na bibliografia.
Observação: Todos os livros existem na Biblioteca Central da Escola de Comunicações e Artes (ECA) USP.
ARTES PLÁSTICAS
PROGRAMA
As duas etapas – prática e escrita – da Prova Específica avaliam os conhecimentos do candidato sobre arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, bem como sua desenvoltura em linguagem visual. Na prova escrita, serão avaliados o domínio do candidato quanto aos conceitos da arte e teoria da arte (presentes na Bibliografia) e sua capacidade para desenvolver e interpretar tais conceitos. O critério de avaliação do exame prático é comparativo, tendo em vista a capacidade do aluno em adequar seus desenhos à temática proposta.
Bibliografia
-
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
-
GOMBRICH, E. H. A História da arte. Rio de Janeiro: Ed. Zahar Editores, 1981.
-
GULLAR, Ferreira. “Vanguarda e Subdesenvolvimento”, In __ , Vanguarda e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1978, p. 27-99.
Observação: a bibliografia abrange os seguintes tópicos de interesse:
Impressionismo e Pós-Impressionismo
Cubismo (Braque e Picasso)
Expressionismo
Construtivismo russo
Neoplasticismo
Escola de Paris
Dadaísmo e Surrealismo
Abstração construtiva e informal
A “crise da arte como ciência européia”(Argan, G, C.): Expressionismo abstrato e Pop art; tendências da arte européia nos anos 60.
Arte moderna e contemporânea no Brasil até a década de 1960.
Materiais
Para a etapa prática da Prova Específica de Artes Plásticas, o candidato deverá trazer lápis grafite: H, 2B, 4B, 6B, canetas esferográficas em duas cores de sua preferência, borracha, apontador de lápis.
CURSO SUPERIOR DO AUDIOVISUAL
PROGRAMA
As provas avaliarão:
-
a capacidade analítica do candidato em ler e interpretar exemplos de discurso audiovisual que lhe serão apresentados no momento da prova;
-
a capacidade do candidato em criar, por meio de composições de escrita dramática, construção de roteiros e diálogos, a partir de estímulos visuais, sonoros e/ou literários;
-
composições visuais: relações de cromatismo, escala, perspectiva, luz e sombra, relações forma-fundo, e narrativa pictórica com uso exclusivo de imagens.
Bibliografia
-
AUMONT, Jacques – A Imagem – SP, Papirus, 1993.
-
HOWARD, David e Mabley, Edward – Teoria e Prática do Roteiro – SP, Globo, 1996.
-
MACHADO, Arlindo – Máquina e Imaginário – SP, EDUSP, 1993.
-
MACHADO, Arlindo – A Televisão Levada a Sério – SP, SENAC, 2001.
-
WILSON, Dizard Jr. – A Nova Mídia – RJ, Jorge Zahar Editores, 2000.
-
XAVIER, Ismail (org) – A Experiência do Cinema (apenas as partes I e II) – RJ, Ed. Graal, 2ª ed., 1991.
DESIGN
PROGRAMA
A prova específica objetiva avaliar o potencial de raciocínio espacial do candidato e compõe-se de três partes, conforme segue:
a) Geometria E FUNÇÕES
1. Construções Geométricas
1.1. Figuras geométricas – retas, circunferências, ângulos e polígonos.
1.2. Paralelismo e perpendicularidade.
1.3. Concordância e Tangência.
1.4. Divisão de segmentos, ângulos e circunferências.
1.5. Partição de figuras planas em partes equivalentes e proporcionais.
1.6. Transformação geométrica no plano – translações, rotações, reflexões e homotetias.
2. Geometria Plana e Espacial
2.1. Relações geométricas em sólidos – representação plana e espacial, movimentos de translação e rotação.
2.2. Semelhança de figuras no plano e no espaço.
2.3. Medidas de segmentos, áreas e volumes de figuras geométricas.
2.4. Relações métricas em sólidos – poliedros e esferas.
3. Funções
3.1. Noção de função como instrumento de avaliação de grandezas.
3.2. Interpretação de gráficos de funções.
3.3. Equações e inequações – resoluções gráficas e algébricas.
b) linguagem BIDIMENSIONAL
1. Noções de linguagem visual – ponto, linha, plano, forma, textura, cor, estrutura, composição, equilíbrio. Contraste, proporção, peso, ritmos, modulação.
2. Comunicação por intermédio da “linguagem visual”.
c) linguagem TRIDIMENSIONAL
1. Representação de espaço da cidade – edifícios, meio ambiente, objetos, transporte, atividades humanas.
2. Representação de espaço da cidade em desenho e modelos tridimensionais.
Material para as provas
a) O material para execução dos trabalhos será fornecido no local das provas;
b) Os candidatos deverão trazer apenas o seguinte material de desenho para tratamento em preto e branco ou cores: grafite, lápis de cor e/ou lápis cera (no mínimo 12 cores); não será permitido o uso de qualquer outro material de desenho;
c) Os candidatos também deverão trazer os seguintes instrumentos, materiais e complementos: esquadros (45º e 30/60º), compasso, régua milimetrada (30 cm no mínimo), opcionalmente régua “T” ou paralela, instrumento para apontar lápis, estilete e/ou tesoura, cartão para proteção da prancheta, no caso de uso de estilete (20×30 cm no mínimo), borracha, fita adesiva, cola (branca e/ou de isopor e/ou similares, araldite); não será permitido o uso de colas de contato e de “spray”.
MÚSICA – SÃO PAULO/RIBEIRÃO PRETO
PROGRAMA
1. PROVA TEÓRICA
A Prova Teórica será formulada de acordo com o conteúdo da Bibliografia e compreenderá os seguintes assuntos:
a) História Geral da Música;
b) Teoria da Música: reconhecimento e manipulação de: escalas maiores e menores; tonalidades; intervalos; tríades; rítmicas mais recorrentes; sinais de expressão; claves; ornamentos; fórmulas de compasso; terminologia musical; notação musical; análise harmônica.
c) Percepção Musical: identificação pela audição de: melodias escritas a uma e a duas vozes; intervalos; tríades; rítmicas mais recorrentes.
Bibliografia:
- História Geral da Música
-
CANDÉ, Roland. História universal da música. 2 volumes. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
-
GROUT, Donald e PALISCA, Claude. História da música ocidental. Lisboa, Gradiva, 1997.
-
KERMAN, Joseph. Musicologia. Opus 86. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
-
KIEFER, Bruno. História da música brasileira: dos primórdios ao início do século 20. 2 ed. Porto Alegre, Editora Movimento, 1977.
-
NEVES, José Maria. Música contemporânea brasileira. SãoPaulo, Ricordi Brasileira, 1984.
- Teoria da Música
-
BRISOLLA, Cyro Monteiro. Princípios de harmonia funcional. São Paulo, Novas Metas, 1979.
-
KOELLREUTTER, Hans Joachim. Harmonia funcional: introdução à teoria das funções harmônicas. 3 ed. São Paulo, Ricordi Brasileira, 1986.
-
HOLST, Imogen. ABC da música. São Paulo, Martins Fontes, 1998.
-
HODEIR, André. As formas da música. Lisboa, Edições 70, 2002.
-
MARQUES, Henrique. Dicionário de termos musicais. Lisboa, Editora Estampa, 1986.
-
MICHELS, Ulrich. Atlas de música: parte sistemática / parte histórica (dos primórdios ao Renascimento). Vol. I. Lisboa, Gradiva, 2003.
-
MICHELS, Ulrich. Atlas de música: del Barroco hasta hoy. Vol. II. Madrid, Alianza, 2002.
-
TUREK, Ralph. The Elements of Music: Concepts and Applications. Vol. I. 2nd ed. Nova York, McGraw-Hill, 1996.
- Percepção Musical
-
HINDEMITH, Paul. Treinamento elementar para músicos. 4 ed. São Paulo, Ricordi, 1988.
-
PRINCE, Adamo. A arte de ouvir: percepção rítmica. Vol. 1. Rio de Janeiro, Lumiar, 2001.
-
PRINCE, Adamo. A arte de ouvir: percepção rítmica. Vol. 2. Rio de Janeiro, Lumiar, 2002.
-
WILLEMS, Edgar. Solfejo: curso elementar. São Paulo, Fermata, 1979.
2. PROVA PRÁTICA
A Prova Prática será realizada individualmente, de acordo com as especificidades relacionadas a cada curso.
2.1. Para o Curso de Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Música
a) Entrevista.
b) Leitura cantada à primeira vista de melodias indicadas pela banca examinadora.
c) Execução, ao instrumento indicado pelo candidato, de uma peça de livre escolha, pertencente aos períodos Barroco ou Clássico.
2.2. Para o Curso de Bacharelado em Música com Habilitação em Composição
a) Entrevista.
b) Leitura cantada à primeira vista de melodias indicadas pela banca examinadora.
c) Leitura à primeira vista, ao piano, de um fragmento musical apresentado pela banca.
d) Execução, ao instrumento indicado pelo candidato, de uma peça de livre escolha, pertencente aos períodos Barroco ou Clássico.
e) Apresentação de uma composição original de autoria do candidato, com extensão máxima de três folhas manuscritas, tamanho ofício. Não será aceito trabalho feito em computador.
2.3. Para o Curso de Bacharelado em Música com Habilitação em Regência
a) Entrevista.
b) Leitura cantada à primeira vista de melodias indicadas pela banca examinadora.
c) Leitura à primeira vista, ao piano, de um trecho de coral SATB com as vozes separadas em quatro pentagramas.
d) Execução, ao instrumento indicado pelo candidato, de uma peça de livre escolha, pertencente aos períodos Barroco ou Clássico.
e) Identificação, através da audição, de algumas dentre as seguintes obras do repertório sinfônico, a serem indicadas pela Banca examinadora:
-
J.S. Bach: Concertos Brandemburgueses e Suítes n.3 e 4
-
W.A.Mozart: Sinfonias n. 33 a 41
-
L. van Beethoven: Sinfonias
-
J. Brahms: Sinfonias
-
P. Tchaikovsky: Sinfonias n. 4, 5 e 6
-
A. Dvorák: Sinfonia n. 9
-
C. Debussy: Petite Suite (orquestração de Henry Busser)
-
M. Ravel: La Valse
2.4. Para o Curso de Bacharelado em Música com Habilitação em Canto e Arte Lírica
a) Entrevista.
b) Execução vocal de duas obras: C.W. Gluck – Ária: O del mio dolce ardor e uma peça de livre escolha, que se enquadre nas seguintes opções:
– Canção de câmara brasileira
– Lied ou canção do período Romântico
– Ária de ópera, oratório ou cantata
2.5. Para o Curso de Bacharelado em Música com Habilitação em Instrumento
Todos os candidatos ao Curso de Bacharelado em Música, com Habilitação em Instrumento, realizarão as seguintes atividades:
a) Entrevista.
b) Leitura cantada à primeira vista de melodias indicadas
pela banca examinadora.
c) Execução das peças indicadas no programa, pelo
instrumento escolhido, listadas a seguir:
2.5.1. Flauta
c1) W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto em Sol Maior, K. 313.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.2. Oboé
c1) Escolher uma entre as duas obras abaixo relacionadas:
– W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto em Dó Maior;
– J. Haydn: Primeiro movimento do Concerto em Dó Maior.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.3. Clarineta
c1) W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto em Lá Maior, K. 622.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.4. Fagote
c1) W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto em Si b Maior, K. 191.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.5. Trompa
c1) Escolher uma entre as três obras abaixo relacionadas:
– W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto n. 3 para trompa e orquestra;
– W.A. Mozart: Primeiro movimento do Concerto n. 4 para trompa e orquestra;
– L. van Beethoven: Sonata para trompa e piano.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.6. Trompete
c1) Um estudo do Método Arbans.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.7. Trombone
c1) A. Guilmant: Morceau Symphonique.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.8. Percussão
c1) Knauer: Estudo n. 29, para caixa clara Humel-Ikonen, segundo movimento, para vibrafone.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.9. Violino
c1) J.S.Bach: Um movimento de Sonata ou Partita para violino solo.
c2) Escolher uma entre as três obras de W.A. Mozart abaixo relacionadas:
– Primeiro movimento do Concerto n. 3 para violino e orquestra com cadenza;
– Primeiro movimento do Concerto n. 4 para violino e orquestra com cadenza;
– Primeiro movimento do Concerto n. 5 para violino e orquestra com cadenza.
c3) Uma peça de livre escolha.
2.5.10. Viola
c1) J.S.Bach: Prelúdio da Suíte n. 3, em Dó Maior (transcrição da Suíte n. 3 para violoncelo).
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.11. Violoncelo
c1) C. Saint-Saëns: O Cisne.
c2) F.A.Kummer: Estudo n.1, dos 10 Études Mélodiques, Op.57.
c3) Uma peça de livre escolha.
2.5.12. Contrabaixo
c1) H.Eccles: Primeiro movimento da Sonata em Sol menor.
c2) Uma peça de livre escolha.
2.5.13. Piano
c1) J.S.Bach: Um Prelúdio e Fuga de O Cravo Bem Temperado I ou II.
c2) Um movimento vivo de Sonata de Haydn, Mozart ou Beethoven.
c3) Uma peça de livre escolha.
2.5.14. Violão
c1) Heitor Villa-Lobos: Prelúdio n. 5.
c2) Uma obra selecionada entre os seguintes compositores: Dionísio Aguado, Fernando Sor, Mauro Giuliani, Napoleón Coste, Giulio Regondi, Francisco Tárrega, Agustín Barrios, Heitor Villa-Lobos (exceto Prelúdio n. 5), Manuel Ponce, Mario Castelnuovo-Tedesco, Joaquín Turina, Federico Moreno Torroba, Alexandre Tansman, Abel Carlevaro e Leo Brouwer.
2.5.15. Viola caipira (somente para candidatos ao curso de Música – Ribeirão Preto)
c1) Mário de Andrade e H. Villa-Lobos: Viola Quebrada (partitura disponível no site www.musica.pcarp.usp.br).
c2) Uma peça de livre escolh
PROVAS DE APTIDÃO EDUCAÇÃO FÍSICA/ESPORTE
EDUCAÇÃO FÍSICA
As provas constarão de:
• Avaliação do Aparelho Locomotor;
• Avaliação Ortopédica e Oftalmológica;
• Avaliação Fonoaudiológica; e
• Avaliação dos Aparelhos Cardiovascular e Respiratório.
Essas provas têm caráter eliminatório. Será considerado “não apto” o candidato portador de alterações de porte tal que possam interferir no processo de sua preparação acadêmica e profissional, consideradas, também, as atuais condições oferecidas pela Universidade. Não serão atribuídos pontos a essas provas.
São motivos de inabilitação: (1) desvios do aparelho locomotor, (2) deficiências da marcha e dos membros superiores que impeçam a realização de atividades físicas e desportivas e acuidade visual diminuída por causa não corrigível, (3) alterações de comunicação evidentes, (4) afecções cardiovasculares e respiratórias incompatíveis com o envolvimento em atividades motoras próprias da Educação Física e do Esporte. Tais motivos são relevantes quando se consideram as dificuldades de acesso, locomoção e acompanhamento relacionadas com as atividades habituais, necessárias para o desenvolvimento dos Cursos.
ESPORTE
Somente serão submetidos às Provas de Habilidades Específicas os candidatos considerados aprovados nas Provas de Aptidão, que serão as mesmas descritas para a carreira de Educação Física.
A avaliação das Habilidades Específicas será feita por meio de provas classificatórias de capacidades motoras.
TABELA DE VAGAS PARA O CONCURSO VESTIBULAR DE 2006